tag:blogger.com,1999:blog-34026962222338490752024-03-05T03:51:52.349-03:00ExtraklasseEXTRAKLASSE - CULTURA, POLÍTICA E SOCIEDADE !Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-75822528619304694512013-02-17T16:55:00.002-03:002013-02-17T17:00:03.697-03:00UMA QUESTÃO DE INVESTIMENTO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDdk2E64okw91SsP2iyHrAbcFTXC_4a4orsa2zFvQjMTsza4KVR3BBfShJMYdAA9Z35SyumaYQP2jjLY0NIZ16r-KdpIa_9NdhBh-ccIrDPyX0lX3L6tuDpKhYznkmorCCee2zwQTA/s1600/bom-investimento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDdk2E64okw91SsP2iyHrAbcFTXC_4a4orsa2zFvQjMTsza4KVR3BBfShJMYdAA9Z35SyumaYQP2jjLY0NIZ16r-KdpIa_9NdhBh-ccIrDPyX0lX3L6tuDpKhYznkmorCCee2zwQTA/s320/bom-investimento.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Não falo
economês. De Karl Marx, só li o “18 Brumário”! “O Capital”
foram só fragmentos pra mim. Tudo bem que já li aqui e ali alguma
coisa sobre as teorias de David Ricardo e Adam Smith. E quem não
lembra da velha lógica de Thomas Malthus quando falava do
crescimento da população em progressão geométrica em
contrapartida à progressão aritmética da produção alimentos?</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Poderia
fazer uma lista que iria de Keynesianismo, passando pelos Chicago
Boys até chegar na política neoliberal do início dos anos 90. Mas
seria só uma lista, pois como disse: “não falo economês”!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Então,
pra que tudo isso? Respondo: quis fazer uma ressalva antes de falar
de INVESTIMENTO. Assim não crio falsas expectativas.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Recentemente
vi um programa de Tv fazendo uma explicação da queda do rendimento
da caderneta de poupança nestes últimos meses, entendi pouca coisa.
Mas entendi a parte em que um carinha lá dizia que tirou o dinheiro
da poupança e preferiu quitar a moto à vista. O economista
convidado do programa disse que “foi um bom negócio!”</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Bem,
mesmo sem ser um especialista, me arrisco a falar de investimento
porque me considero um bem-sucedido. Espere que eu vou explicar!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Há
alguns anos atrás, aproximadamente há nove anos, resolvi investir
meus ímpetos da juventude, com todos os 'benefícios' da vida
independente, num relacionamento a dois.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">No
princípio me pareceu um belo investimento, e realmente era! Sei que
dei um passo seguro, quanto a ela, não posso dizer o mesmo. (Juro
que EU era um negócio de alto risco!)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">O
resultado é que o que antes era uma aposta, hoje é uma certeza! Saí
no lucro. Casei com uma bela jovem, hoje tenho uma grande mulher!!!
Isso sem falar no fruto direto de toda essa negociação: minha linda
filha!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Assim
como os considerados bem-sucedidos opinam em matéria de economia, me
atrevo a falar nesse tipo de investimento. Uma ressalva: não sou
perfeito, sou um felizardo.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Mas, caso
alguém queira fazer um investimento seguro, vão aí duas dicas: 1º
– Comunicação. Como dizia o velho guerreiro, “quem não se
comunica, se trumbica!”; 2º Aprender a ceder, pois, na vida a dois,
quando um vence uma briga, os dois perdem! Como disse um amigo meu,
que no início de seu relacionamento fazia questão de cantar de
galo, agora com 5 anos de casado: “aprendi que vencer uma briga com
a mulher, não é um bom negócio!” kkkkkkk.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Minha
avaliação final: investir nos outros é um excelente negócio,
desde que você aprender a lidar com as turbulências que volta e
meia se apresenta. Mas todo bom investidor sabe que não deve recuar
só porque a crise se desenha. É nessa hora que você aprende a se
tornar um sucesso! E, garanto, vale a pena perseverar!
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Vale a
pena luta pelos amores, pelos amigos e pela família! Vale apenas
arriscar!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Abraço a
todos!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">“<span style="color: #444444;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Helvetica, Arial, sans-serif;">Porque,
onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso
coração". (</span></span><span style="color: #444444;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Helvetica, Arial, sans-serif;">Lucas
12:34)</span></span></span></div>
Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-59787882913281466632012-09-26T14:58:00.004-03:002012-09-26T15:05:24.145-03:00ESMAGADOS PELOS DESCOBRIMENTOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8vnS-qLJqIZIBHg9uK4gd37ycrq22Qg5uoK1Hwmyg4v__X9arcjRNTMhKSy0aDW5RN0_aq0nSYgrxnfWC6hg9Nm_ywt61jMkgkq8xQ7-SBdfTlsV7PixgSLipk8J2eapNWL1FtCD/s1600/717296.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx8vnS-qLJqIZIBHg9uK4gd37ycrq22Qg5uoK1Hwmyg4v__X9arcjRNTMhKSy0aDW5RN0_aq0nSYgrxnfWC6hg9Nm_ywt61jMkgkq8xQ7-SBdfTlsV7PixgSLipk8J2eapNWL1FtCD/s320/717296.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Passeando pelas páginas do jornal português "PÚBLICO" encontrei um texto muito bem escrito que discute a 'intrigante' relação do povo português com um momento marcante de sua história (e nossa, por que não?): OS DESCOBRIMENTOS.</div>
<div>
Pois é, pensei em apenas deixar o link do texto, mas optei por também publicá-lo na íntegra aqui no blog. (<a href="http://www.publico.pt/Cultura/continuamos-esmagados-pelos-descobrimentos--1564595?all=1">http://www.publico.pt/Cultura/continuamos-esmagados-pelos-descobrimentos--1564595?all=1</a>)</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Eis...</div>
<div>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">As
descobertas são o período da história que hoje parece dizer mais
aos portugueses, mas nem sempre foi assim. Se a escola não mudar,
aliás, elas correm o risco de ser uma memória cada vez mais
distante. Feita de glórias de navegadores, mas também do trabalho
de homens comuns, de dúvidas e de corrupção. O PÚBLICO começa
hoje uma série sobre o que nos liga ao mar.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Uma
data a decorar, um navegador feito herói, uma edição barata de <i>Os
Lusíadas</i>, um professor de História
que ficou, um livro com barcos naufragados, um infante que ganhou o
mundo e um rei que perdeu um país. No meio de tudo isto, o mar e os
territórios que os portugueses exploraram a partir do século XV. Um
mundo maior, mas sobretudo um mundo diferente. Em que pensamos
primeiro quando uma conversa passa pelos Descobrimentos? Por que
falamos sempre em império quando tivemos mais do que um? Por que
insistem os livros escolares em perpetuar mitos sobre a expansão e
as descobertas? Privilegiamos esta parte da história porque gostamos
de heróis ou porque precisamos deles? </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Muitas
são as perguntas que surgem quando procuramos explicar a relação
especial que os portugueses mantêm com os Descobrimentos, mas será
que o conhecem? Será que é por ele que o mar tem um papel tão
importante na cultura portuguesa, no seu imaginário, ou é só
porque geograficamente Portugal é um país pequeno como uma costa
grande? </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Fizemos
estas e outras perguntas a dois historiadores e a um poeta e
ensaísta. Quisemos saber, sobretudo, se os portugueses ainda estão,
de alguma forma, “esmagados” pela memória de uma época em que
tinham outro papel no mundo. Uma época em que havia Portugal em
todos os continentes.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">É
verdade que hoje o público em geral identifica a época das
descobertas como a que mais importante foi para a história de
Portugal e, em particular, para a história de Portugal no mundo. Mas
isso não significa que os portugueses estejam permanentemente a
comparar o que são hoje com o que, segundo os livros de História
que levaram para escola, foram há mais de 500 anos. Mesmo se os
políticos recuperam ciclicamente essa herança em discursos e
comemorações.<br />Vasco Graça
Moura, poeta e ensaísta que entre 1988 e 1995 presidiu à Comissão
Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses,
reconhece que continuamos “marcados” pelo que Portugal foi capaz
de fazer a partir do começo do século XV, mas que essa memória,
tantas vezes de olhos fechados à dura realidade do dia-a-dia do país
nessa época e carregada de mitificações, não molda o que somos
hoje nem limita a leitura que fazemos do passado — ajuda, antes, a
compreendê-lo. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">“<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Temos
um peso, uma carga histórica”, começa por dizer sentado no seu
gabinete do Centro Cultural de Belém, de que é hoje presidente.
“Sabemos que tivemos importância em relação ao mar, aos caminhos
que ele abre. Isto mesmo quando não sabemos nada de história e não
lemos <i>Os Lusíadas</i>.
Por outro lado, há um sentimento de impotência disfarçada, de que
hoje só vivemos dificuldades e ainda não encontrámos uma maneira
de as ultrapassar, embora possamos pressentir que no mar pode estar a
chave para a solução de muitos problemas.” </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Em
tempos de crise como a que a Europa atravessa, com duros reflexos em
Portugal, há uma certa tendência para fazer comparações
“disparatadas” entre um presente amargo e um “passado de
glória” que teve grandes protagonistas como o infante D. Henrique,
Vasco da Gama, Afonso de Albuquerque ou Fernão de Magalhães, lembra
Graça Moura, histórico social-democrata que durante dez anos foi
eurodeputado. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Se
o tema dos Descobrimentos nunca saiu do discurso político, embora se
cometa muitas vezes o erro de pensar que a sua instrumentalização
se deveu sobretudo ao Estado Novo, é porque ele nunca saiu do
discurso cultural, em particular do da literatura, com nomes como
Fernando Pessoa, Vitorino Nemésio, Antero de Quental e Cesário
Verde, para além do óbvio Camões, por referências. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">“<span style="font-family: Times New Roman, serif;">No
discurso político há sempre um macaquear do discurso cultural”,
diz Graça Moura. “É evidente que um político quando se dirige
aos seus eleitores tem de dar a noção de que está conotado com o
passado deles, e que é herdeiro de uma determinada tradição
histórica e cultural. Faz parte da <i>mise
en scène</i>. Aqueles dois versos do
Pessoa — ‘Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de
Portugal!’ — não deve haver político nenhum que não os tenha
citado.”<br />Se hoje são os
Descobrimentos o tema mais popular para o público não-especializado,
isso não deve apagar o facto de a relação com esse período
histórico nem sempre ter sido pacífica, lembra o historiador Rui
Ramos. Para o investigador do Instituto de Ciências Sociais da
Universidade de Lisboa, é preciso não esquecer que Quental dizia
que as descobertas eram uma das causas da decadência de Portugal e
que Alexandre Herculano tentou lançar a formação do reino na Idade
Média como a parte da história que mais devia interessar aos
portugueses na época contemporânea. Essa aposta no Portugal
medieval é recuperada, explica Ramos, a seguir a 1974, devido à
descolonização, a um certo desinteresse da comunidade
historiográfica pela expansão, e aos trabalhos de referência do
professor José Mattoso. Só em 1998 os Descobrimentos voltam a
ganhar mais terreno, com os festejos da viagem de Vasco da Gama à
Índia. </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">“<span style="font-family: Times New Roman, serif;">É
um tema muito central na nossa história. A expansão foi, no século
XX, em relação com a colonização de África, extraordinariamente
cultivada em termos de comemorações, de estudos”, explica,
sublinhando, tal como Graça Moura, que o regime de Salazar não foi
o único a servir-se ideologicamente dos Descobrimentos. A monarquia
constitucional celebrou em 1894 o quinto centenário do infante D.
Henrique e quatro anos mais tarde a viagem do Gama; em 1915, a
própria república fez comemorações, ainda que modestas, dos 500
anos da conquista de Ceuta. No que toca aos Descobrimentos, há uma
continuidade entre os regimes: “Tudo isso, obviamente, deixou um
lastro que explica também que o regime democrático, quando teve
oportunidade de fazer as suas primeiras grandes comemorações
históricas, se tenha focado nos Descobrimentos em 1998, com a
exposição internacional de Lisboa.” </span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><b>Para
além de Gama</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">A
Expo ’98 foi certamente um grande momento de divulgação
internacional de Portugal, com a tónica posta num passado de glórias
de navegadores e vice-reis e num presente e num futuro de grande
modernidade. Os anos que a antecederam foram marcados pelo trabalho
de historiadores e outros especialistas que trouxe muitas novidades
ao que já sabíamos sobre os Descobrimentos, diz Graça Moura,
lembrando que é também sobre esta época que incidem as duas
grandes exposições internacionais que levaram a história de
Portugal e a sua arte ao público estrangeiro.<br />Jay Levenson
é um historiador de arte que comissariou as exposições a que o
poeta e ensaísta se refere — <i>Circa
1492: Art in the Age of Exploration</i> (National
Gallery de Washington, 1991) e a mais recente <i>Encompassing
the Globe: Portugal and The World in the 16th and 17th
Centuries</i> (Sackler Gallery,
Washington, e Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, em 2007 e 2009)
— e que se habituou a olhar para as descobertas através “do
encontro de culturas” que é visível na arte que se produziu na
Ásia, em África ou na Europa a partir das primeiras viagens de
exploração.<br />Levenson, que hoje é director do programa
internacional do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e foi também o
comissário de outra das grandes exposições internacionais de arte
portuguesa ligada à expansão, <i>The
Age of The Baroque in Portugal</i> (National
Gallery, 1993), é da opinião que “os portugueses ainda sentem o
peso da sua época de ouro”, mas que esse peso, “apesar de por
vezes parecer levar a um certo arrependimento”, não precisa de ser
esmagador. Especialista em arte italiana da Renascença, não
consegue evitar a comparação: “É como Florença. O que os
florentinos foram capazes de fazer no século XV e no começo do XVI
foi tão extraordinário para uma cidade-Estado tão pequena que não
poderia ter durado para além de Galileu e nunca poderia ter sido
repetido. Mas os florentinos têm nisso um grande orgulho, sem se
lamentarem pelo facto de já não poderem desempenhar o mesmo tipo de
papel no mundo. Parecem-me um bom modelo para Portugal.” Para
Levenson, e tomando os Estados Unidos como exemplo, o público em
geral está longe de ter noção da verdadeira importância que
Portugal teve no mundo nos séculos XVI e XVII. É preciso que sejam
os portugueses a fazer mais para que os alunos nos Estados Unidos e
até em países europeus passem além de Vasco da Gama e do infante
D. Henrique e percebam até que ponto foram essenciais para dar a ver
um mundo novo, sobretudo em África e na Ásia. “Poucos são os
alunos americanos que sabem que os portugueses chegaram à China em
1514”, diz. Poucos são os alunos portugueses, acrescentariam Graça
Moura e Rui Ramos. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /><b>Mitos
do império</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Para
o antigo presidente da Comissão dos Descobrimentos, a escola tem
tido, sobretudo devido a uma grande flutuação de metodologias, uma
“papel extremamente negativo” na relação dos portugueses com o
seu património cultural, seja no plano da língua, seja no da
história. Ramos defende que os programas escolares não têm sabido
seduzir os alunos para o estudo da História, perpetuando mitos, e às
vezes nem isso. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">E
de que mitos falamos? A Escola de Sagres, os Descobrimentos como um
desígnio nacional mais do que um projecto da coroa e das elites que
a rodeavam, a expansão com uma causa só e não como uma fenómeno
altamente complexo e variado, a existência de um império, em
contínuo. “Houve vários impérios, com curtos-circuitos”, diz o
investigador do ICS. “Esse é outro dos mitos que podemos associar
à história imperial — o de que o império começou em 1415 e
terminou em 1975, ou em 1999 com Macau, ou em 2002 quando Timor se
tornou independente. Todo o império africano é recente e efémero.
Vem do fim do século XIX e dura 70, 80 anos e, nalguns casos, ainda
menos.”<br />O que os livros de escola habitualmente não
contam — ou pelo menos não exploram tanto como os feitos militares
e náuticos — é que os portugueses foram desalojados do Oriente a
partir do século XVII porque não tinham meios para competir com as
outras nações, que o país chegou a estar perto da bancarrota em
meados do século XVI e que, no quotidiano, os portugueses anónimos
que fizeram a expansão viviam mal e estavam longe de pensar no seu
tempo como uma época de ouro. “Era para as dificuldades que toda a
gente olhava”, diz o historiador, mas, com o tempo, “as
dificuldades do passado desaparecem e são as do presente que nos
fascinam. Temos a tendência para projectar no passado a ideia de que
não havia dificuldades, que é agora que estamos a decair, o que é
ridículo”. Mesmo em termos contabilísticos, explica, o Brasil do
século XVII e XVIII era muito mais importante do que a Índia do
século XVI, mas foi a Índia que ficou na memória como a grande
expansão. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Não
vivemos esmagados nem oprimidos pelo que Portugal foi nos
Descobrimentos, garante Rui Ramos, mas gostamos de falar deles como
quem gosta de contar uma boa história. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">“<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Portugal
é hoje muito mais rico e desenvolvido do que alguma vez foi no tempo
dos Descobrimentos, mesmo em relação a outros países europeus. Mas
a nossa ideia é de que éramos grandes então e agora somos pequenos
e pobres, o que não tem nenhuma razão de ser, embora se
compreenda.” Porquê? “É mais uma vez o fascínio da aventura,
da proeza, da afirmação militar, das grandezas do Afonso de
Albuquerque e de D. Francisco de Almeida. Isso continua a fascinar,
mesmo quando nós não gostamos de o confessar. Essas são as grandes
histórias que podemos contar. A grande história não é a da
formação do Bloco Central entre 1983 e 84, com Mário Soares e Mota
Pinto. A grande história é dobrar o cabo da Boa Esperança, a
grande história é chegar à Índia, a grande história é
conquistar Goa, a grande história é defender o Brasil dos
holandeses… A grande história é a das aventuras, com emoção, a
história que abre horizontes. As aventuras são matéria de filme e
de romance, é a aventura que as pessoas procuram, verem na história
algo de diferente do que é o quotidiano.” É talvez por isso que o
discurso sobre o contacto de civilização e o progresso científico
que os portugueses trouxeram ao mundo é subalternizado pela
narrativa feita de heróis e batalhas, algo que é altamente
empobrecedor, na opinião de Graça Moura. “Há uma dimensão
humana, que até tem a ver com a própria noção de mestiçagem, que
é fundamental em relação aos Descobrimentos. Há até um
historiador francês que diz que somos todos bastardos e mestiços e
que é por isso que somos inteligentes. Efectivamente, essa relação,
no plano antropológico, no plano civilizacional, devia ser mais
valorada e não tem sido.”</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">De
fora ficam muitas vezes os relatos dos cidadãos que arriscaram tudo
pela viagem, os meandros da corrupção na Índia e a desorganização
nalguns territórios, lembra o ensaísta. Ramos defende que, se
mostrássemos mais que esta não foi uma época de semideuses, mas de
pessoas comuns que muitas vezes tiveram medo e dúvidas, que muitas
vezes hesitaram e outras arriscaram, talvez os Descobrimentos
tivessem ainda mais peso na cultura portuguesa e não fossem um tema
fechado nos livros. Ou uma “memória cada vez mais distante”,
como diz Graça Moura, uma memória que corremos o risco de perder. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Para
Rui Ramos, em Portugal reflectiu-se pouco sobre esta época, ao
contrário do que se passou com outros países europeus que
participaram na expansão entre os séculos XV e XX. Apesar de terem
problemas na sua relação com este passado, França, Espanha ou
Inglaterra “fizeram desta dimensão da sua história uma dimensão
fundamental na sua relação com o mundo, pela projecção da língua
e da cultura”, o que não aconteceu em Portugal, onde “os debates
não foram tão intensos”. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;"><br /><b>Ascensão
e queda</b></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">Jay
Levenson defende que estes países sentem o mesmo tipo de “nostalgia”
de Portugal, mas, como têm uma história recente mais próspera,
“essa nostalgia é mais contida”: “O peso é maior porque a
ascensão e queda de Portugal foi mais dramática. Apesar de o seu
desenvolvimento ter sido interrompido no final do século XVI,
Portugal tem um segundo período de prosperidade imperial no século
XVIII, o que faz com que, na verdade, sinta uma dupla perda.” Tal
como Graça Moura, o historiador de arte norte-americano vê na
língua uma extensão desse passado que pode ser promovida no
presente, com grandes vantagens para o país, culturais e
económicas. </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif; font-size: large;">O
facto de haver cada vez mais investigadores estrangeiros a olhar para
este período — é preciso não esquecer que foi uma área que
sempre teve grandes contributos exteriores, como o do historiador
inglês Peter Russell (primeira biografia do infante D. Henrique) ou
o do indiano Sanjay Subrahmanyam (grande estudioso de Vasco da Gama),
sublinha Ramos — pode ajudar a manter viva a memória dos
Descobrimentos, mas dando-lhe uma nova perspectiva.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">“<span style="font-family: Times New Roman, serif;">Continuamos
a ser actores da globalização quando vendemos uma empresa aos
chineses ou fazemos um investimento no Brasil. É claro que não é o
mesmo que chegar à Índia ou dobrar o cabo da Boa Esperança. No
século XV e no século XVI há um protagonismo que permitiu aos
portugueses reivindicar um papel numa história universal, mas essa
também é uma história contada do ponto de vista dos europeus. Um
dia ela poderá vir a ser contada pelos chineses e tudo isto pode ter
uma dimensão bastante mais restrita e, provavelmente, o papel que
julgávamos que tínhamos deixaremos de ter.” Mais uma vez, estamos
sempre a valorizar em função do nosso tempo, adverte o historiador.
“E neste momento temos já a sensação de estarmos a valorizar em
função de um tempo anterior em que a Europa teve um peso no mundo
absolutamente desproporcionado. Sobretudo entre o fim do século
XVIII e o princípio do século XXI, o mundo foi quase Europa, antes
não era e agora também já não é.” E como verão os portugueses
este período daqui a 100 anos? Vai depender muito do mundo em que
viverem, diz. “É muito difícil não apenas adivinhar o futuro,
mas adivinhar a maneira como o passado há-de ser visto no futuro. Às
vezes o passado é tão incerto como o futuro. As pessoas julgam que
o passado está fixo e que o futuro é que é uma coisa que ainda não
está decidida — é uma ilusão.”</span></span></div>
</div>
Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-48349667175278234502012-09-07T20:19:00.000-03:002012-09-07T20:52:38.522-03:00ENFIM, 400 ANOS! NÃO É VERDADE? NÃO, NÃO É!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgohznw-kFbQ-BQKnow9DbY_JlVTkJPLsu29ydkf-enu654N84_c-h9bIU2GePuVVm7cWet9cUzjMKR200aAd1RGXc-hVsM3Tcjh-8K6XolGvRxKfkSsqkpW9Yv3BfBqLcOXy4aXDMS/s1600/400+ANOS+3+MIRANTE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgohznw-kFbQ-BQKnow9DbY_JlVTkJPLsu29ydkf-enu654N84_c-h9bIU2GePuVVm7cWet9cUzjMKR200aAd1RGXc-hVsM3Tcjh-8K6XolGvRxKfkSsqkpW9Yv3BfBqLcOXy4aXDMS/s320/400+ANOS+3+MIRANTE.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"> Neste 08 de setembro de 2012, comemora-se o tão badalado 400 anos da
fundação francesa da cidade de São Luís. Uma das mentiras mais
descabidas da História. Como uma voz que clama pela verdade no meio
de um mar de engano, a professora Lourdes Lacroix há anos vem
denunciando o MITO da fundação de São Luis.
</span></div>
<div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Ainda
na introdução da obra “A Fundação Francesa de São Luís e seu
Mitos”, lançado em 2001, a autora destacou:</span></div>
<div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">“<i>Ao
acompanhar a ação de La Ravardière e seus comandados,
minuciosamente descrita por Claude d'Abbeville e Yves d'Evreux,
</i><i><b>verificamos a ausência de iniciativas para a formação de
uma cidade no local</b></i><i> de chegada dos súditos de Bourbon. A
mejestosa procissão dos nobre e outros componentes da expedição,
com seu fardões e estandartes por ocasião da segunda </i><i><b>Missa
celebrada</b></i><i> em Upaon-Açu, pareceu-nos tão somente uma
exibição de força e poder dos recém-chegados, solenidade
significativa de posse das terras oficialmente consideradas
portuguesas, naquele momento sob o domínio da Coroa francesa. </i><i><b>Vimos
a Missa como o símbolo da propagação do Cristianismo e início da
catequese daqueles infiéis tupinambás. Nada mais que isso.</b></i><i>
Nenhuma demonstração concreta de que aquele promontório teria sido
escolhido para a sede da futura colônia.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><i>Inquieta
com essa verificação, recorremos aos nossos mais antigos
históriadores, de Berredo a João Lisboa, e </i><i><b>não achamos
nenhuma alusão à fundação de uma cidade pelos franceses</b></i><i>.
Surpresa, continuamos o rastreamente e constatamos que a referida
afirmativa surgiu numa época de decadência econômica e conseqüente
marasmo social. Logo nos perguntamos o porquê dessa construção. A
resposta parece estar relacionada ao inconformismo e até ao
ressentimento que acompanhou esse declínio. </i><i><b>O maranhense
tratou de cultivar o seu orgunlho,</b></i><i> buscando mecanismo de
defesa que obnubilasse seu desencanto. </i><i><b>Passou a louvar o
passado, mostrando para o resto do Brasil aquela província
diferente, de povo educado, instruído, culto, sempre atento à
questão venacular, sementeira de poetas e literatos.</b></i><i> Para
confirmar essa singularidade, transladou a fundação de São Luís
das mãos portugueses para os franceses, inversamente à história
das outras cidades brasileiras”. </i>(os
negritos ficam por minha conta!)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Fiz questão de transcrever esta
parte da introdução do referido livro, para fazer eco junto a esse
discurso de reconstrução da História de nossa cidade. Fundada pelo
português Jerônimo de Albuquerque, em 1616!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Percebam que o texto transcrito
acima fala de um discurso criado para construir a imagem de um “povo
educado, instruído, culto...”. A professora Lourdes Lacroix não é
a primeira a destacar a mania de ostentação dos que habitam esta
terra. Ainda no século XIX o clérigo Domingo
Cadávila
Veloso
Cascavel
afirmava “O Maranhão tinha mais orgulho do que instrução”. E
quantos de nós já ouvimos aquele célebre “o português mais
correto do Brasil!”?</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Pois é...</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Chamo atenção de vocês para outra
parte interessante da introdução do livro, quando a historiadora diz
que em busca pelos historiadores mais antigos de nossa história não
havia qualquer alusão a esta fundação francesa.
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Pois é, e hoje a imprensa narra aos
'quatro ventos' esse tão comemorado 400 anos. Mas, o que será que
dizia a manchete do Jornal “A Pacotilha”, (publicado em São Luís) na edição nº 214, de
08 de setembro de 1900 ??? Quais eram os destaques a este
aniversário??? Nenhum!!! Nem sequer uma nota! NADA!!!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Aos que duvidam, deixo o link para
consulta do jornal...</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<a href="http://memoria.bn.br/pdf/168319/per168319_1900_00214.pdf"><span style="font-size: large;">http://memoria.bn.br/pdf/168319/per168319_1900_00214.pdf</span></a></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Cuidado! Se você é um dos que
adoram dizer que esta é “a única capital do Brasil fundada por
franceses” você poderá se decepcionar. Desculpa!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">E o jornal do dia 08 de setembro de
1912, o da comemoração dos 300 anos? O que será que ele diz?
Infelizmente, no arquivos digitalizados pela Hemeroteca Digital da
Biblioteca Nacional, o nº 213 data de 07 de setembro e o nº 214 é
de 09 de setembro. Portanto, parece-nos que não houve edição no
dia 08, pelo fato ser um dia de domingo. Mas, na edição de 09 de
setembro de 1912 há uma nota chamada “O CENTENÁRIO”. Vejamos o
que diz:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">
“<i>Das festas remomorativas da </i><i><b>posse</b></i><i> </i><i><b>de
S. Luiz, pelos francezes, em 1612</b></i><i>, o número de mais
relevo foi, sem duvida, o constante do certame das produções
maranhenses.”</i> O texto segue e
em seguida diz: “<i>Orou, depois, o sr. Luiz Domingues, que
</i><i><b>salientou a passajem dos francezas do Brazil</b></i><i>,
referindo-se tambem aos acontecimentos </i><i><b>da reconquista
portugueza</b></i><i>”. </i>(mais
uma vez, os negritos são por minha conta)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">E é só! Nada mais nos 300 anos de
fundação!!! Ou melhor, NADA sobre fundação! Como era de costume fala-se da PASSAGEM dos franceses, não de fundação! Outro costume era falar da RESTAURAÇÃO portuguesa! (Quem quiser conferir, deixo o link
<a href="http://memoria.bn.br/pdf/168319/per168319_1912_00214.pdf">http://memoria.bn.br/pdf/168319/per168319_1912_00214.pdf</a>)</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Pois é, meus caros, dizer o quê???
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">Creio que antes de comemorarmos
estes controversos 400 anos, devemos nos ater aos nossos problemas
mais reais, por exemplo a falta d'água. Aliás, este problema não é
novo. Convido vocês a lerem uma nota que foi publicada no já citado
nº 214, de 08 de setembro de 1900, do jornal A Pacotilha, sob o
título “Falta d'água”</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">“<i>Já
não são queixas, é um verdadeiro clamor, a grita que de todos
os lados se levanta
pedindo providencia para a falta d'agua
que desde hontem augmenta assustadoramente.
</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;">Hoje
poucos
foram os lugares em que
não faltou de todo o
precioso
liquido.
</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;">E
pensar, Deus do céo!
que isto se dá quando, na melhor
hypothese, ainda nos restam a
atravessar quatro
longos mezes
deste interminável verão, e que
até lá, dia a dia, se
aggravarà
este estado de coisas!
</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><i>A
prespectiva da sêde, e da
falta absoluta d'agua para a hygiene
domestica, em uma época em que </i>
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;">a
variola, irropendo em
vários pontos da cidade, ameaça-nos com as
suas conhecidas
devastações; em que do visinho
Estado do Ceará
a peste bubonica, atira-nos olhares cubiçiosos, colloca a população
em
uma situação mais que precária,
afflictiva.
</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;">Se
ainda é tempo de remediar, urge que os poderes publicos se movam
ante mais este perigo.
</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;">Não é
de hoje que pedimos providencias n'esse sentido. Quanto o governo
tratava de reformar o contracto que tinha com a Companhia das Águas,
em successivos artigos nos occupamos d'este ponto—que era um
mal
periodico—affirmando que
os poderes público descurariam dos
interesses da população, senão imposessem á Companhia, como base
de qualquer accordo, a obrigação de estender a sua canalisação a
outros mananciaes, afim de poder no
verão supprir a cidade da agua
necessaria, apoiando-nos no facto jà então provado se ser
insufficiente, n'esta época, os mananciaes do Barreto para as
necessidades da população.
</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;">O
governo, como de ordinario, foi surdo os nossos reclamações; e o
contracto que firmou, aggravando a sorte do consumidor, pelo augmento
do preço da agua, não a poz a salvo do supplicio que ora a ameaça—a
sede.
</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-size: large;">Convém,
pois, remediar, se ainda é possivel.”</span></i></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: large;">
Sabe o que é possível concluir de tudo que foi dito? Se a festa é
coisa NOVA, sustentada num MITO... os problemas são REAIS e bem
ANTIGOS!!!</span></div>
Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-37852600392062009282012-08-22T23:43:00.000-03:002012-08-22T23:43:39.916-03:00Elucubrações de uma quarta-feira à noite...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQnZHZNh9jhwraEGZmCbH_IuiUl5rKa-8D6oFQVUqO13qo6gvN4_KaUWTvBQv9cHtRUpG8vweZTBlrkS-wuhwqYkM7msJi5uxrT5lTf7u-_4LvF7Yu_vlhuBY9rF_bEYK3vE2nQ0Bv/s1600/e-se.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="72" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQnZHZNh9jhwraEGZmCbH_IuiUl5rKa-8D6oFQVUqO13qo6gvN4_KaUWTvBQv9cHtRUpG8vweZTBlrkS-wuhwqYkM7msJi5uxrT5lTf7u-_4LvF7Yu_vlhuBY9rF_bEYK3vE2nQ0Bv/s320/e-se.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"> Antes de tudo uma certeza: sou feliz! Entretanto, não nego que às
vezes me vejo diante do tal “e se...”. No auge dos meus, bem
vividos, 31 anos, em alguns momentos resolvo pensar o que seria
diferente se...</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Quando comecei a ter ideia do que queria ser quando crescer, uma
certeza: jornalista! Era realmente uma certeza, pois na minha cabeça
um jornalista era o cara que vivia a vida da maneira mais incrível
possível, e, melhor, sempre com tudo pago. Viajar, conhecer novas
culturas, experimentar sensações novas... Tudo por conta.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Mas, depois de algumas tentativas frustradas de passar no vestibular
para Jornalismo, resolvi mudar o foco... partir para a História. Vou
dizer uma coisa: nunca na vida imaginei que um dia me tornaria
Historiador (Professor). Porém, quando entrei para o curso de
História, em nenhum momento me vi tentado a mudar, nada de torná-lo
ponte para o Direito (como fizeram alguns amigos)... afinal, era uma
possibilidade real de conhecer novas culturas. O convívio com a
História me possibilitou o despertar para as temáticas políticas.
Surgiu um novo interesse. Comecei a imaginar que depois de
jornalista, uma outra coisa que eu gostaria de ser seria Cientista
político! Não fui! Não sou!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Lá pelas tantas, já quase no meio do curso, algo de espetacular me
aconteceu... percebi que era perfeitamente possível juntar ao que me
era útil, as coisas agradáveis. A paixão pela imprensa e o novo
affair pela política, se misturaram com o grato interesse pela
História quando resolvi me tornar um “pesquisador” das questões
políticas presentes na imprensa maranhense do século XIX. Daí vem
aquela certeza que falei no início... sou feliz!</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Hoje sei que a vida de jornalista não é um conto de fadas, tal qual
eu imaginava... mas sempre que vejo um bem sucedido correspondente
internacional, aparece o tal “e se...”.
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
E a vida segue... Sou professor! Tenho orgulho disso! Tento ser o
melhor que posso, e acho que até aqui tenho feito um bom trabalho!
E, quanto às viagens “por conta”, tenho a minha coleção de
cartões postais que me permitem viajar pelo mundo sem sair de casa.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Como eu comecei o texto com uma certeza, vou terminá-lo com outra:
SE tudo que eu fizesse de diferente, me levasse para longe do que
tenho (tenho uma família linda!), eu não mudaria nada do fiz!</span></div>
<br />Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-79487226477766428702012-08-08T23:26:00.003-03:002012-08-08T23:30:47.434-03:00TENHO CARA DE QUEM NÃO SABE EM QUEM VOTAR?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZB_V88iwI9lE4NYXe2o0jHudHCe5gQrcXsskjZ_YAN3YFeB3p0LckW3iWKs_a4hB2MXrCBd4Vz1HBYoqUPYxioUHXwqQX9datr5NOid_iE2EPgfTIAjBjUkt4LuEEOxm_8WpLA1-e/s1600/polui%C3%A7%C3%A3o+visual.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZB_V88iwI9lE4NYXe2o0jHudHCe5gQrcXsskjZ_YAN3YFeB3p0LckW3iWKs_a4hB2MXrCBd4Vz1HBYoqUPYxioUHXwqQX9datr5NOid_iE2EPgfTIAjBjUkt4LuEEOxm_8WpLA1-e/s320/polui%C3%A7%C3%A3o+visual.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em outubro de 2008 eu escrevi este texto e tive a oportunidade publicá-lo nos jornais O IMPARCIAL, DIÁRIO DA MANHÃ e ATOS E FATOS. Como a discussão me parece bem atual... tomo a liberdade de publicá-lo aqui. (Fiz questão de publicá-lo sem fazer alterações... está tal qual foi escrito na época)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Eis...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"> Pergunto-me se ainda é válida, em tempos atuais, a velha máxima de
que se conhece uma pessoa pela primeira impressão. Temo pela
resposta afirmativa. Será que tenho estampado no rosto algo que
denuncie a minha incapacidade em escolher em quem votar? Digo isto
porque não me conformo com a odisséia que tem sido, em cada dia de
eleição, a minha caminhada à Zona Eleitoral. Foi numa dessa que me
fiz, pela primeira vez, a indagação: “tenho cara de quem não
sabe em quem votar?”. Um oceano de mãos empunhando “santinhos”
separava minha casa da cabine de votação.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Tempos depois, essa inquietação foi ficando mais séria. Dei-me
conta de que todos aqueles rostos de “ilustres desconhecidos” não
eram só para mim. Bastava ver as ruas ao final do dia. E agora,
“será que tanta gente assim aparenta não saber em quem votar?”.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Conversando recentemente com um amigo do “mundo da política”,
ele me disse que para um vereador se eleger numa cidade como São
Luís era preciso ter muito dinheiro pra gastar. Pensei em segredo
“para gastar com santinhos”. Mas então, porque investir tanto de
dinheiro na produção destes? Deve haver algum retorno, em votos (é
claro!!!). Fiz o dever de casa. Parti para a mais utilizada
ferramenta de pesquisa dos últimos tempos... a internet. Nas minhas
poucas horas de navegação pelo Google não encontrei um artigo
sequer que apontasse consenso em relação à capacidade dos votos de
última hora decidirem uma eleição. Aliás, um artigo da Jornalista
Daniela Dariano, do Jornal do Brasil, traz a opinião de David
Fleischer, Cientista Político da Universidade de Brasília, que
afirma ser muito raro que este grupo seja capaz de “virar o jogo em
eleições”.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
De qualquer forma, supondo que fosse unânime o poder de decisão dos
votos de última hora, uma realidade mais preocupante salta de dentro
de minhas reflexões enquanto historiador. Qual a importância que
nós, cidadãos dessa chamada democracia moderna (ou pós-moderna,
como possam preferir alguns) damos ao direito de votar? Talvez seja
necessário reacender na memória de nossos concidadãos o histórico
de lutas que acompanham a conquista desse direito.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
A formação da ideia de Nação no Brasil pós-independência ficou,
em grande medida, sob a responsabilidade, autoatribuída, de homens
da elite rural brasileira influenciada pelos ideais liberais que
chegavam da Europa e dos Estados Unidos. Predominava entre estes
homens o projeto de um governo estabelecido com bases moderadas, sem
os riscos de uma democracia. Exemplifica bem este momento as ideias
do Jornalista, Político e Poeta maranhense Odorico Mendes
(1789-1864) que afirmava a incapacidade do povo brasileiro em, por
meio do sufrágio universal, definir o destino da Nação.
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
A primeira Constituição brasileira, outorgada em 25 de março de
1824, veio consolidar os dois grandes projetos que marcaram o Governo
de D. Pedro I: a manutenção da unidade territorial e a exclusão da
massa das decisões políticas e econômicas. Com o estabelecimento
do voto censitário (só votava que comprovasse renda anual superior
a 100 mil réis), apenas uma pequena fatia pertencente à elite
possuía direitos políticos. No final do Império, apesar do Brasil
contar com uma população próxima dos 12 milhões, somente 1% tinha
participação nas eleições.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Já no período republicano, a Constituição de 1891 instituiu o
sufrágio universal. Uma ressalva: apenas 3% da população possuíam
os pré-requisitos exigidos para exercício do direito ao voto.
Estavam excluídos deste processo os menores de 21 anos, mendigos,
analfabetos, soldados e clérigos. Às mulheres também era vetado
este direito. O historiador José Murilo de Carvalho dizia que no
início da República “os acontecimentos políticos eram
representações em que o povo comum aparecia como espectador ou, no
máximo, como figurante”. Somente a partir da Constituição de
1934 que foi estabelecido o voto secreto, estendendo-se o direito às
mulheres (art. 108) e aos maiores de 18 anos. Continuavam privados
desse direito os analfabetos, mendigos, cabos e soldados.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Durante a Ditadura Militar (1964-1985) o pleno exercício do direito
de voto, por muitas vezes, não foi possível. O movimento a favor
das eleições diretas (1984) reuniu milhões de pessoas que lutavam
a favor do retorno da Democracia. Com a reabertura política, nessa
nova fase da história republicana do Brasil, foi promulgada em 5 de
outubro de 1988 a nova Constituição. A agência do Senado assim a
definiu: “<span lang="pt-PT">a</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">Constituição</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">inaugurou</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">um</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">novo</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">arcabouço</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">jurídico-institucional</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">no</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">país,</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">com</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">ampliação</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">das</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">liberdades</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">civis</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">e</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">os</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">direitos</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">e</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">garantias</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">individuais.</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">A</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">nova</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">Carta</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">consagrou</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">cláusulas</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">transformadoras</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">com</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">o</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">objetivo</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">de</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">alterar</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">relações</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">econômicas,</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">políticas</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">e</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">sociais,</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">concedendo</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">direito</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">de</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">voto</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">aos</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">analfabetos</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">e</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">aos</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">jovens</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">de</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">16</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">a</span><span lang="pt-PT"> </span><span lang="pt-PT">17</span><span lang="pt-PT">
</span><span lang="pt-PT">anos</span><span lang="pt-PT">”</span><span lang="pt-PT">.</span></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Por tudo que vimos, é importante que tenhamos consciência do quanto
de responsabilidade temos no ato de votar. É um direito, mas também
é um dever de todos escolher com responsabilidade os nossos
governantes.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Considero importante ressaltar que a intenção que nos guiou até
aqui não foi de criticar a propaganda eleitoral e/ou o marketing
político, que consideramos parte integrante e fundamental do
processo eleitoral, mas sim o de fazer um alerta à sociedade para
que esta possa exercer de forma plena e responsável seu direito de
eleitor. E então cada um deve se perguntar: “Será que eu
realmente sei votar?”.</span></div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-37202110937131098272012-06-07T23:50:00.001-03:002012-06-08T13:45:41.832-03:00A BELEZA FUNDAMENTAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdpYBMqTGBnR0llI08Soi3uFMsN6655TGZNti7QtkZjQnXAgvzW_of6cPFZBpntX_Q-vGV7bwzm61TL-3YNjs_hbcCeDxjmuQo7KjojcU0W4kuy7ZdQfSPt9J_riD-Sjj-VI5XwB0x/s1600/stock-illustration-6436218-beauty-and-beast.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdpYBMqTGBnR0llI08Soi3uFMsN6655TGZNti7QtkZjQnXAgvzW_of6cPFZBpntX_Q-vGV7bwzm61TL-3YNjs_hbcCeDxjmuQo7KjojcU0W4kuy7ZdQfSPt9J_riD-Sjj-VI5XwB0x/s320/stock-illustration-6436218-beauty-and-beast.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-indent: 1.25cm;"> </span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;"><br />
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Quem conhece a Clécia, não haverá de discordar de mim. Apesar de
ser uma pessoa alegre, de boa índole, prestativa e confiável, é de
uma ausência absoluta de beleza. Na verdade, há quem diga que a
feiura lhe foi confeccionada sob medida. “Feia com arte!”, para
usar uma expressão de meu pai. Tenho certeza que vocês nem podem
imaginar como pode alguém personificar a feiura tão bem quanto
Clécia. Ou melhor, acho que talvez vocês já estejam até fazendo
um desenho imaginário da dita cuja.
</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Haja visto que ainda não dei nenhum detalhe específico de suas
medidas, cor dos olhos, tipo de cabelo, formato do rosto etc., cada
um de vocês, possivelmente, tem usado seus parâmetros pessoais para
estabelecer o que eu tenho chamado de “desenho imaginário” de
Clécia.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Pois bem, vamos conjecturar um tanto sobre estes tais “parâmetros
pessoais”. A pergunta é: até que ponto eles são pessoais? A
resposta desse questionamento poderá ser pensado a partir de outros
como “quem definiu o que é belo e o que é feio?”ou “qual o
padrão de beleza?”.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Apesar de Historiador, não irei agora encher este texto com detalhes
sobre a variação do padrão de beleza ao longo da História. Todos
somos conscientes que “belo” e “feio” são conceitos
construídos e reconstruídos por cada sociedade numa variação de
tempo e de espaço. Se, em 1817, a bordo da nau que a trazia para o
Rio de Janeiro afim de se casar com D. Pedro, Leopoldina foi
aconselhada por seu médico a engordar um pouco para se ajustar ao
padrão de beleza dos brasileiros, hoje é a “moda” é bem outra.
Mas não preciso recorrer a exemplos escondidos no que restou de seus
livros de História do tempo de escola. Não se faz necessário.
Basta lembrar como nossas avós adoravam dar conselhos sobre estética
e saúde. A minha dizia, “esse menino precisa engordar um
pouquinho, tá muito magro, tá feio”! Devo confessar que eu era o
famoso “canela e osso”... Mas, voltemos ao que interessa. Hoje,
há um verdadeiro “coro” de exaltação à magreza. Isto para
ficarmos apenas no quesito “peso”. Muito ainda se poderia falar
se fôssemos discorrer sobre aqueles outros pontos que citei no
início do texto.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Voltemos a falar de Clécia. Ela não existe, eu a inventei. Mas caso
ela fosse real, sei de pessoas que sem dúvidas a consideraria
encantadoramente linda, minha filha, seu filho, nossos pequenos.
Vocês já pararam para pensar como estes conceitos estéticos são
vistos de maneira singular pelas crianças? É tudo mais simples,
mais verdadeiro! Quem é bom, é lindo! Quem é mal, é feio! E
pronto! Não tem rodeios. E ai de quem tentar questionar o julgamento
que elas fazem.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Se Vinícius dizia que “beleza é fundamental”, o jargão popular
vai além: “quem ama o feio, bonito lhe parece”.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large;">
Agora que pretendo terminar estas breves reflexões, talvez alguém
possa se perguntar o que me motivou a escrever sobre este tema? Serei
direto. Minha filha não aceita o fato de que eu considero o Neymar
feio! Fazer o quê? …é como eu disse “[...] E ai de quem tentar
questionar o julgamento que elas fazem”.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">
<span style="font-size: large; text-indent: 1.25cm;"><br /></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="text-indent: 1.25cm;">Obs: quem se interessar em conhecer um pouco sobre a variação do
conceito de beleza ao longo da História, poderá ler um texto
interessante que encontrei na ed. 25 da Revista da Cultura. Eis o
link: </span><span style="text-indent: 1.25cm;"><</span><a href="http://www.revistadacultura.com.br:8090/revista/rc25/index2.asp?page=beleza_tempo" style="text-indent: 1.25cm;">http://www.revistadacultura.com.br:8090/revista/rc25/index2.asp?page=beleza_tempo</a><span style="text-indent: 1.25cm;">>.</span></span></div>
<br />
<br />Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-50037234536980155312012-01-15T17:45:00.000-02:002012-01-15T17:45:15.812-02:00COISAS DE FIM DE SEMANA... DE FÉRIAS!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIK_TE90F4X6C8QNnMBEH3Hwvo3V-RyOZ0h1pXr3_QW4ULoHyK5vpzyjjgQtJBdpKroB6PnQ47FvEd_0scA1IsMj3WQ7DKg3Fz-Secy91ufpmyxcKYUjJJJ7qX_BqFJfp3qsAXYAMT/s1600/3060276005_1e39bfbc43_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIK_TE90F4X6C8QNnMBEH3Hwvo3V-RyOZ0h1pXr3_QW4ULoHyK5vpzyjjgQtJBdpKroB6PnQ47FvEd_0scA1IsMj3WQ7DKg3Fz-Secy91ufpmyxcKYUjJJJ7qX_BqFJfp3qsAXYAMT/s320/3060276005_1e39bfbc43_o.jpg" width="320" /></a></div><br />
<span style="font-size: x-large;">by Sara Cristine</span><br />
<br />
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">Noutro dia, um daqueles em que a gente só quer ficar em casa e curtir o momento em família e ouvir uma música bacana e tomar uma boa bebida, me deparei com as indagações que se fossem num “stand up comedy” o público daria umas boas risadas. Eis:</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">1) Por que tudo que é bom engorda?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">2) Por que tudo que a gente quer comprar ou acha bonito é caro?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">3) Por que que todo mundo que a gente tá afim (do tipo: “esse eu tinha coragem...”) já tem dono? (já pensei um dia... antes de casar, claro!)</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">4) Por que que quando a gente bate o olho numa coisa e vai pegar já tá vencido, estragado ou é o último e tá riscado?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">5) Será que que a gente é invejoso ou só admira quem tem bom gosto?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">6) Será que tudo que a gente ia fazer já estava escrito (Deus, ou para outros, destino) ou é só tudo coincidência mesmo?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-size: large;"><span style="font-family: arial, sans-serif;">De uma coisa sei. Não é coincidência quando você acredita que mesmo nos momentos mais banais da vida (como comprar uma blusa por exemplo) Deus está na direção da sua vida. </span> </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-size: large;"><span style="font-family: arial, sans-serif;">De uma outra perspectiva, vou responder as perguntas com outras. Eis: </span> </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">1) Já pensou na pessoa errada na hora errada?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">2) Na comida fora da validade antes daquela prova da sua vida (ENEM, OAB, INSS, etc)?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: arial, sans-serif;"><br />
</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-size: large;"><span style="font-family: arial, sans-serif;">3) Já pensou que se você não usasse óculos? Ia comprar o vestido riscado, e todo mundo na festa ia reparar menos você, ou pelo menos só na hora que chegasse em casa (depois da festa, é claro!). kkkkkk </span> </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">4) E se você só comesse sem engordar? Morreria com colesterol e diabetes antes dos 35.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large; line-height: 24px;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large; line-height: 24px;">5)</span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large; line-height: 150%;"> E se pudesse comprar tudo que o dinheiro oferecesse? Aqui no Brasil, ou seria candidato no próximo pleito e teria muito o que explicar, ou seria assaltado, ou sequestrado por um bom regaste, ou não teria um amigo de verdade (apenas um), e ainda, não teria uma mulher/marido que te amasse pelo que é (só pelo seu dinheiro).</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> <span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">Não tenho todas as respostas mas sou grata pela misericórdia de Deus, por acreditar n'Ele, por confiar meus passos a Ele. E, o principal, por acreditar que “Tudo que Ele faz é bom e sua misericórdia dura para sempre”. AMÉM!</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large;">[...]</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large; line-height: 150%; text-indent: 1cm;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1cm;"><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: large; line-height: 150%; text-indent: 1cm;">PS: Não se preocupe! Não sou mais adolescente, não estou tendo uma crise existencial e nem espiritual. Como disse só estou tendo um momento em família e criando um assunto pra dar boas risadas.</span></div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-46353139640438922522011-12-31T11:44:00.005-02:002012-01-08T00:01:39.940-02:00MEMÓRIAS DE 2011: UM ANO PARA SER LEMBRADO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH7lG5L1_mTt0pygAuq8BNGYrUIqvsJ86oalrKL83nO4bkjhi5MpKWb1cLnnJOIauNDsHyCcq-putF0jsictGdZXJJ7BMs0ZwubiVWU3N47PcfilTVLQKld6gsO_h37wM2ilUircAU/s1600/2011" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH7lG5L1_mTt0pygAuq8BNGYrUIqvsJ86oalrKL83nO4bkjhi5MpKWb1cLnnJOIauNDsHyCcq-putF0jsictGdZXJJ7BMs0ZwubiVWU3N47PcfilTVLQKld6gsO_h37wM2ilUircAU/s320/2011" width="320" /></a></div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">Pois é, tá todo mundo comentando... “adeus ano velho, feliz ano novo!”.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">Hoje resolvi escrever este post para caminhar na contramão. Enquanto todo mundo está fazendo listas do que pretende conquistar em 2012, eu vou destacar algumas das muitas coisas boas que vi e vivi em 2011.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">Vamos dividir em três categorias (didáticas de professor):</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><u><b>1º O QUE VI NOS CINEMAS:</b></u></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">- </span></span><a href="http://interfilmes.com/filme_24280_A.Saga.Crepusculo.Amanhecer.Parte.1-%28The.Twilight.Saga.Breaking.Dawn.Part.1%29.html"><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">A SAGA CREPÚSCULO - AMANHECER - PARTE 1</span></span></span></a></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- AS VIAGENS DE GULLIVER </span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- CAPITÃO AMÉRICA – O PRIMEIRO VINGADOR</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- CARROS 2</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">- </span></span><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">CONAN – O BÁRBARO</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- HARRY PORTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE – 02</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- INVASÃO DO MUNDO – BATALHA DE LOS ANGELES</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- KUNG FU PANDA 2</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- LANTERNA VERDE</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- MISSÃO IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- OS AGENTES DO DESTINO</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- </span><span style="text-decoration: none;">O ZELADOR ANIMAL</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- OS PINGUISN DO PAPAI</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- OS MUPPETS</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- OS SMURFS</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- OS TRÊS MOSQUETEIROS</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- PIRATAS DO CARIBE 4 – NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- PLANETA DOS MACACOS – A ORIGEM</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- SE BEBER, NÃO CASE! 2</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- THOR</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- TRANSFORMERS – O LADO OCULTO DA LUA</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- VELOZES & FURIOSOS 5 – OPERAÇÃO RIO</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- X-MAN – PRIMEIRA CLASSE</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><u><b>2º LIVROS QUE LI:</b></u></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">- PARA QUE SERVE DEUS (PHILIP YANCEY)</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">- </span></span></span><i><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;"><span style="font-style: normal;">HONORÁVEIS BANDIDOS:</span></span></span></i><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;"> um retrato do brasil na era </span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">S</span></span><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">arney</span></span><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;"> </span></span></span><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">(PALMÉRIO DÓRIA)</span></span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- OS CAMINHOS DE MANDELA: lições de vida, amor e coragem (RICHARD STENGEL)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- ORAÇÃO: ela faz alguma diferença? (PHILIP YANCEY)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- </span><span style="text-decoration: none;">D. PEDRO I – perfis brasileiros (ISABEL LUSTOSA)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- D. PEDRO II – perfis brasileiros (JOSÉ MURILO DE CARVALHO)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- NUNCA É TARDE DEMAIS: dicas práticas para mudar o curso de sua vida (LOWELL SHEPPARD)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- MARAVILHOSA GRAÇA (PHILIP YANCEY)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- MARLEY E EU: a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo (JOHN GROGAN)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- ÁGUA PARA ELEFANTES: a vida é o maior espetáculo da terra (SARA GRUEN)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- MIL DIAS NA TOSCANA: memórias de um vilarejo repleto de comida, romances e, acima de tudo, vida (MARLENA DE BLASI)</span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- ALMANAQUE ANOS 80: lembranças e curiosidades de uma década muito divertida (LUIZ ANDRÉ ALZER & MARIANA CLAUDINO) - (leitura em andamento)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- STEVE JOBS (WALTER ISAACSON) – (leitura em andamento)</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><u><b><span style="text-decoration: none;">3º LUGARES QUE VISITEI:</span></b></u></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- AXIXÁ - MA</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- BACABAL – MA</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- BRASILIA – DF</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- CALDAS NOVAS – GO</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- GOIÂNIA – GO</span></span></span><br />
<span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">- IMPERATRIZ - MA </span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;">… <span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">Bem, é isso! Esse pequeno resumo guarda muito dos grandes momentos que vivi no ano de 2011. </span></span></span><br />
<span style="color: black; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">Agora imaginem todas estes instantes embalado ao som de duas músicas que compuseram a trilha sonora de minha vida ao longo deste ano... "</span></span></span><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large;">Rolling In the Deep" (ADELE) e "Viva la Vida" (COLDPLAY).</span><br />
<span style="color: black; font-size: large;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;">Agradeço a Deus por todas as bençãos que ele derramou sobre minha vida, dos meu</span></span><span style="font-family: 'Times New Roman',serif;"><span style="text-decoration: none;">s</span><span style="text-decoration: none;"> familiares e amigos durante esse ano que se finda. Agradeço pela esposa e filha maravilhosas que tenho. Que Sua graça e misericórdia continue sobre todos nós nesse novo ano. Desafios virão, mas as conquistas serão ainda maiores.</span></span></span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large; text-decoration: none;">Um abraço a todos e... </span><span style="font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: large; text-decoration: none;"><b>FELIZ 2012 !!!</b></span></div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-59063472735191809232011-12-14T02:04:00.000-02:002011-12-14T02:04:09.140-02:00NÃO É SÓ UMA BORBOLETA... É UMA BORBOLETA!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQWFCUSxnkoCGHwNb4Yf470ZORG0foSDjCOEUQCkZi2I-8jL5DD6DkdfpZlbmCV5_JxFaSFCgWF1ls9gY6USVb3bPb-STi9UoSMPHZGR_cl-qCgt-X38zeLbBXibQRbPalP_rADRdi/s1600/borboleta-e-o-homem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQWFCUSxnkoCGHwNb4Yf470ZORG0foSDjCOEUQCkZi2I-8jL5DD6DkdfpZlbmCV5_JxFaSFCgWF1ls9gY6USVb3bPb-STi9UoSMPHZGR_cl-qCgt-X38zeLbBXibQRbPalP_rADRdi/s320/borboleta-e-o-homem.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Antes de tudo, um alerta. Uma espécie de pedido. Dêem uma chance a este texto. Poderá parecer confuso no início (e é), mas no fim, daremos um fim. Eu prometo!</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">[...]</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Há um tempo atrás discutia com uns amigos o significado de palavra “percepção”. Chegamos à conclusão que, de modo simples, poderíamos defini-la como sendo o resultado da comunicação entre o ser humano e a realidade. Dito isso, por hora, mudemos de assunto...</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Recentemente, desenvolvi um debate, com os alunos de Publicidade e Propaganda, sobre um texto chamado “Propaganda, Felicidade e Consumo”. Mas não! Este não será um artigo para discutir o texto. Só o cito para poder chegar a um ponto: num dado momento, Ismar Capistrano, o autor, disse que uma das principais características dessa “desnorteada sociedade de consumo” é o lúdico. Ou seja, a felicidade só seria alcançada a partir da fuga da realidade.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Ok. Agora vamos arrumar (só um pouco!) as coisas. Juntemos a “percepção” e o “lúdico”.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Percebam que para os dois termos apresentados aqui, há um único contraponto... a realidade. Mas uma pergunta pode ser feita: se na dita “sociedade de consumo” a felicidade é resultado da fuga da realidade (o lúdico), qual é a nossa percepção da realidade?</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Digo, se a maneira como a realidade se apresenta nos obriga a buscar um escape, será que o problema não está na maneira como nós a percebemos? E, se a resposta for sim, quem ou que será o responsável pelo problema?</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Todos os dias, mesmo que você não se dê conta, experimentamos um turbilhão de sensações... algumas nos fazem arrepiar, outras já não têm mais esse poder. O banal (outrora excepcional) nos cauterizou! Em muitos sentidos o homem moderno tem perdido a capacidade de se emocionar, de se indignar, de se alegrar, de urrar... de viver a vida de maneira plena. Muitos chegam ao fim do dia sem ter um só grande instante para lembrar.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Agora surgem outras perguntas: o que seria um “grande instante”? Com qual frequência eles acontecem? Seria uma espécie de Cometa Halley? </span></span> </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">No Google há aproximadamente 1.230.000 resultados, encontrados em 0,17 segundos, que citam a expressão: “a felicidade está nas coisas mais simples da vida”. E então? Por quê é tão difícil viver na pele a felicidade da simplicidade? Será que dentre as, aproximadamente, 1.230.000 pessoas que escreveram a expressão citada, existe alguém que possa ensinar ao mundo o “segredo da felicidade”? </span></span> </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Bem, eu conheço uma pessoa que curte a vida de maneira plena. Não é nenhum guru, tem apenas 5 anos de idade e vive neste mundo (às vezes)... minha filha.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Ahhhh! Mas criança não vale! … alguém pode está pensando.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"> - Mas por quê não?!</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Certo dia, enquanto caminhávamos em direção ao carro, ela deu grito recheado de felicidade. UMA BORBOLETA!!! Gente, não era uma grande, excepcional, nem colorida borboleta. Entretanto, enquanto para mim era SÓ uma borboleta (comum!), para ela era UMA BORBOLETA!!!!</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Vocês estão sacando meu raciocínio? Acho que se nossa maneira de perceber o mundo (a realidade) pudesse incluir um pouco do olhar da criança, não precisaríamos ter a felicidade como algo tão distante e, às vezes, tão caro! Ouvir minha filha dizer: “Pai, você é o melhor pai do mundo em toda minha vida” é maravilhoso!</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Muitas pessoas apenas depois de passar por uma situação de risco iminente de morte têm conseguido desenvolver esta capacidade de ver a vida com outros olhos. Será que precisaríamos quase morrer? Penso que não!</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">Refletir sobre a vida, aprender a valorizar a família, cultivar amizades verdadeiras, confiar em Deus, são coisas que podem ser feitas agora. Exercite seu olhar! Perceba a realidade de maneira diferente.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: large;">E, como prometido... FIM!</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-54237406237775871612011-10-17T17:29:00.003-02:002011-10-18T14:46:49.530-02:00EXISTEM ONG's E ONG's: NÃO SE DEVE JOGAR FORA A CRIANÇA JUNTO COM A ÁGUA DA BACIA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaZEa9ujOZA5Oas8ee0xPChUwjctjXJ85BYzm1HyIFIJzLvm-7fcrHPTJTu4IxfviPcwc5QnA5zII669_H8yrtGtMoMNscO0GZWUC6FKwZqEdMvWbqHgzFUgj60YKB1M_EU68CMNsQ/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaZEa9ujOZA5Oas8ee0xPChUwjctjXJ85BYzm1HyIFIJzLvm-7fcrHPTJTu4IxfviPcwc5QnA5zII669_H8yrtGtMoMNscO0GZWUC6FKwZqEdMvWbqHgzFUgj60YKB1M_EU68CMNsQ/s400/images.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"> </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"> <span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Na noite de ontem, assisti com indignação uma reportagem do Fantástico denunciando suspeitas de irregularidades junto a ONG “Pra Frente Brasil”. Instalada no interior de São Paulo, a ONG é dirigida pela ex-atleta Karina Valéria Rodrigues, eleita em 2008 vereadora na Câmara de Jaguariúna.</span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"> </span><br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Segundo a reportagem do Fantático: </span> </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.5cm; margin-right: 4.1cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;">“ <span style="font-family: 'Times new roman', serif;">A ONG - que hoje se chama “Pra Frente Brasil” - atua em 17 municípios do estado de São Paulo. Entre as atividades oferecidas, está o programa “Segundo Tempo”, do Ministério do Esporte. Considerado estratégico pelo governo federal, esse programa começou em 2003, com o objetivo de democratizar o acesso ao esporte. R$ 750 milhões já foram repassados para prefeituras, estados e organizações não governamentais.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.5cm; margin-right: 4.1cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Só a entidade da ex-jogadora Karina recebeu cerca de R$28 milhões nos últimos seis anos.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 2.5cm; margin-right: 4.1cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">É a ONG que mais ganhou dinheiro do Ministério do Esporte. Parte dessa verba seria usada na compra de lanches. A principal fornecedora de lanches para a entidade é a empresa RNC, de Campinas.”</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Como professor, sobretudo do curso de Ed. Física (Fac. São Luis), tenho percebido, no útimos tempos, de maneira mais clara a importância do Esporte como instrumento de inclusão social. Portanto, ver a possibilidade do dinheiro público, que poderia ser aplicado na formação das crianças, está sendo desviado... é realmente algo para se revoltar! (Importante ressaltar que as denúncias feitas pela reportagem ainda não foram apuradas pela Justiça)</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Numa sociedade em que os valores (de respeito, responsabilidade, cidadania etc.) foram renegados a segundo plano, o ESPORTE tem um importante poder de resgate. Não há dúvidas de que a prática do esporte pode ensinar às crianças a importância da dedicação, do esforço, da disciplina, do respeito e do trabalho em equipe. Pensar que uma ONG, entendida como grande parceira da sociedade na promoção da cidadania, esteja tirando das crianças essa oportunidade de terem suas realidades transformadas pelo poder do esporte, repito: É REVOLTANTE!</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Mas há algo que precisa ser lembrado: existem ONG's e ONG'S! Ou seja, para usar uma expressão que aprendi com a Profª Drª Rosa Godoy (UFPB), “não devemos jogar fora a criança junto com a água da bacia!”</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Enquanto milhões de reais têm sido investidos em projetos de ONG's com atuações duvidosas, outras tanto tem oferecido serviços de assitência, de qualidade, a muitas crianças e adolescentes carentes do Brasil, e isso com os raquíticos recursos que dispõem.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Resta a nós, cidadãos (privilegiados até!), pelo menos, duas opções: 1ª - atuarmos como fiscais do dinheiro público... denunciando irregularidades e assumindo nossa responsabilidade na hora de escolher os nossos representantes. Isso mesmo! As nossas escolhas diante das urnas tem uma relação direta com os casos de desvio de dinheiro público destinados a projetos sociais. E, 2ª – nos tornar parceiros de ONG's e outras instituições que com seriedade, transparência e dedicação estejam fazendo grandes projetos de recuperação da dignidade de crianças, mendigos, sem-teto, idosos, etc.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Há poucos dias atrás, no dia 12 de outubro (Dia das Crianças), tive o prazer de participar de uma grande campanha de arrecadação de brinquedos para as crianças do Instituto Vida Feliz, localizado no Parque Jair, São José de Ribamar. Foi algo simplesmente lindo! Inclusive, uso este post para agradecer a todos os meus alunos, alunas, e amigos em geral, que contribuíram para a realização da campanha. As crianças adoraram.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Então é isso, gente. Fico por aqui. E não se esqueçam das palavras da Profª Rosa.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times new roman', serif; font-size: large;"><span style="font-family: 'Times new roman', serif;">Abraços.</span></span></div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-46096380948404701132011-08-20T17:10:00.001-03:002011-08-21T14:48:02.109-03:00QUEM MATOU A NORMA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDNMke4hXMt8dKlSNzUpMHHAbEo2J-B5sqiIKlQLY6G7mSTu2Rny4NIUzBeS_KbT_7dSyUuUWqYoD8Ssa_I7RYWf1lWMvwmVqeRVVCspaWU9t304aN5hgkBive0ArHlLz7U3vrH5YZ/s1600/midia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDNMke4hXMt8dKlSNzUpMHHAbEo2J-B5sqiIKlQLY6G7mSTu2Rny4NIUzBeS_KbT_7dSyUuUWqYoD8Ssa_I7RYWf1lWMvwmVqeRVVCspaWU9t304aN5hgkBive0ArHlLz7U3vrH5YZ/s320/midia.jpg" width="264" /></a></div><style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }a:link { }
</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Ainda lembro com riqueza de detalhes algumas cenas de novelas como “Que Rei Sou Eu”, “Roque Santeiro”, “Top Model”, “Senhora”, “Ti-ti-ti”, “Carrossel”, “O Clone” e outras tantas... Começo este post fazendo esta afirmação para evitar que os leitores façam conclusões erradas acerca do que estou escrevendo.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Inspirado pelas bolhas do Mumm (deliciosíssimo espumante argentino, ideal para uma tarde de calor), não poderia me calar diante de dois fatos que, recentemente, me chamaram a atenção: 1º - a grande quantidade de pessoas no facebook, comentando o capítulo final da novela “Insensato Coração” e, 2º uma notícia veiculada pela Folha online, apresentando o número recorde de acesso de brasileiros a um site que “facilita” a traição (<a href="http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/962541-site-de-traicao-tem-recorde-de-publico-no-brasil.shtml">http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/962541-site-de-traicao-tem-recorde-de-publico-no-brasil.shtml</a>).</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Não sei se vou parecer careta (vou fazer como aquele famosa história do “dono da bola”) mas, como o blog é meu... </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Olha só, não pude deixar de fazer a relação entre os dois fatos. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Até poderia, mas não quero fazer pesquisas e citações para dar uma maior confiabilidade ao que escrevo... quero ser eu mesmo!</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Vejo que vivemos uma época em que as pessoas pensam o tal do “prazer a qualquer custo” e, o termo “qualquer” não é um mero detalhe. Tem muita gente vivendo a vida com um alto grau de irresponsabilidade. As responsabilidades devem ser assumidas por nós. Não vivemos num mundo só nosso... os outros (aqueles que nos consideram) também se importam com as consequências do que fazemos.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">“E a novela?”, alguém pode perguntar, “o que tem a ver com isso tudo?”. Acho que quem assiste sabe da resposta melhor do que eu. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Tem muita gente que não sabe separar o mundo da televisão da vida real. E não há como negar o poder de influência da mídia na construção da mentalidade da grande massa.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Não sou especialista no comportamento humano (nem tenho a pretensão), mas falo a partir de minhas próprias experiências. Há quem pense que a satisfação do hoje compensa as consequências do amanhã.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Vou, mais uma vez, enfatizar o que disse no começo do post... sou grande fã das boas novelas! (e sei que há um alto grau de subjetividade em minha avaliação) Mas, acredito, que sei separar o mundo real do ficcional. Agora (pura especulação!), será que o alto índice de acessos no tal site a que fiz referência a pouco, não serve como espelho de uma sociedade que vive num mundo de ficção?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Como, infelizmente, ultimamente, tenho visto de perto o grande número de relacionamentos desfeitos, não posso me calar. Falta um pouco mais de cumplicidade e honestidade entre as pessoas e não sei, verdadeiramente, se a novela é que pode nos ensinar a vivenciar isto.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Viva a televisão brasileira! Mas, antes de tudo, viva o pensamento crítico, livre e RESPONSÁVEL!</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Bom, se alguém não gostou... ponha a culpa no Mumm!</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Nota: o título foi só pra chamar a atenção! </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Ah... ia esquecendo... qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência!!!!</span></div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-43411758633159534482011-08-08T12:29:00.000-03:002011-08-08T12:29:31.229-03:00UM DIA TODOS NÓS CHEGAREMOS LÁ – OS DIREITOS DO IDOSO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgufwyEKU8_mu_GvcuB8B2B6SsMzfcSB9RuZS6Aym1dTf8YyDTPCbhtnGmOn88XlX75ohvDvV9sE5szzg98wWs_cFRHVtIHwKK_JIFSrIdfCTC8DigSSiFaZdRGEsA2_JlXRsOeQWvB/s1600/Direitos-do-idoso-no-Brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgufwyEKU8_mu_GvcuB8B2B6SsMzfcSB9RuZS6Aym1dTf8YyDTPCbhtnGmOn88XlX75ohvDvV9sE5szzg98wWs_cFRHVtIHwKK_JIFSrIdfCTC8DigSSiFaZdRGEsA2_JlXRsOeQWvB/s1600/Direitos-do-idoso-no-Brasil.jpg" /></a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;">Esta semana tive o prazer de ter a companhia de meus avós que vieram do interior do Estado. O motivo da viagem foi a necessidade de uma cirurgia de catarata para o meu avó, de 88 anos. Minha vó e eu nos responsabilizamos de levá-lo às consultas e aos locais de exames.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> A clínica de olhos, que fica localizada no centro de São Luís foi o nosso primeiro destino. Estacionamos o carro numa rua transversal, próxima ao local da consulta, e seguimos a pé.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Nesse momento começou nossa “aventura”. Ruas estreitas, calçadas quebradas, entulhos, motoristas e motoqueiros irresponsáveis nos separavam do nosso ponto de chegada.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> De repente, meu avó tentou uma manobra arriscada, ultrapassar um guardador de carros que estava sentado na calçada, e quase caiu. Segurei-o com força. Fiquei pedindo a Deus que a volta ao carro fosse mais tranquila.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Quando retornamos ao carro, não pude deixar de sentir um alívio. Agora estávamos seguros! </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Na volta pra casa passei a reparar com mais atenção a quantidade de idosos que permaneciam ali do lado de fora, inseguros.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Se você que está lendo este post tem um idoso ou até mesmo alguém com deficiência física na família, sabe o quanto é difícil ver os direitos destes sendo respeitados.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Penso que se para determinadas pessoas o fato de terem pessoas idosas na família não os faz ter o zelo necessário para com o direitos deles, talvez devessem lembrar que um dia todos seremos idosos.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Meus avós já retornaram à sua cidade e eu fiquei aqui com mais um bocado de história da infância de minha avó. Dessa vez ela me contou sobre a vez em que juntamente com a mãe elaboraram um plano para ela poder estudar. Única mulher numa família com vários irmãos homens, era proibida pelo pai de estudar: “mulher não pode aprender a ler! É pra não ficar escrevendo carta para namorado” - dizia ele. Mas isso é uma outra história.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Bom, eu aproveito para deixar para vocês um trecho do Estatuto do Idoso (LEI N.o 10.741, DE 1.o DE OUTUBRO DE 2003 ):</span></div><div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Faço saber que o Congresso Nacional </span></div><div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">decreta e eu sanciono a seguinte Lei: </span></div><div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">Título I </span></div><div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">DISPOSIÇÕES PRELIMINARES </span></div><div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Art. 1.o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Art. 2.o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Art. 3.o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> I - atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> II - preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas; </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> III - destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso; </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> IV - viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações; </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> V - priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência; </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> VI - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos; </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento; </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> VIII - garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Art. 4.o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> <span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"> Para ver o Estatuto do Idoso na íntegra, acesse:<cite> </cite></span></div><div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><div align="LEFT" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><cite> bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_</cite><cite><b>idoso</b></cite><cite>.pdf</cite></span></div><br />
Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-77904176634096218342011-07-23T20:44:00.003-03:002011-07-24T10:08:33.045-03:00DIFUSÃO CULTURAL: 'RIQUEZA VERSUS EDUCAÇÃO'<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><i>NOTA: pessoal, resolvi incrementar um pouco o blog. A partir de hoje, além do meus textos, incluirei alguns outros retirados de sites, revistas, livros... tudo com as devidas referências, é claro! Outra coisa que também vai aparecer por aqui serão algumas dicas de filmes. Os títulos dos textos de outros autores serão sempre precedidos pela expressão “Difusão Cultural”, enquanto que as dicas de filmes, por “Filme bom de ver”.</i></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><i>Vamos ao primeiro texto de outro autor... (muito bom!)</i></div><span id="goog_352716268"></span><span id="goog_352716269"></span><br />
<br />
<br />
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style> <br />
<div align="CENTER" class="western" style="text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">"RIQUEZA VERSUS EDUCAÇÃO"</span></div><style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style> <br />
<div align="RIGHT" class="western"><span style="font-size: small;">Carlos José Marques, diretor editorial da Revista ISTOÉ</span></div><div align="CENTER" class="western" style="text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitOCWlJi0F7RYK88gEI8r7bOotn6WkRB60Rm7cRWP1gGQi5rfKQBxuh00thZYuRgqVcY7aUNPxQjLwNqcGYzMO_upRrckssJsp3gM8nGpF85ys2omAzxc3JxVwdjbYSEEr4On8zhfL/s1600/%25C3%258Dndice.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitOCWlJi0F7RYK88gEI8r7bOotn6WkRB60Rm7cRWP1gGQi5rfKQBxuh00thZYuRgqVcY7aUNPxQjLwNqcGYzMO_upRrckssJsp3gM8nGpF85ys2omAzxc3JxVwdjbYSEEr4On8zhfL/s1600/%25C3%258Dndice.jpeg" /></a></div><style type="text/css">
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</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">Dois indicadores divulgados na semana passada mostram situações diametralmente opostas de um Brasil ainda repleto de contrastes. O País que teve 30 bilionários nativos incluídos na lista dos homens mais ricos do planeta – pessoas com mais de US$ 1 bilhão de patrimônio pessoal – é o mesmo que não conseguiu incluir sequer uma única universidade entre as 100 mais bem avaliadas por acadêmicos de todo o mundo. E o que é pior: o Brasil aparece na condição de único entre os chamados emergentes sem universidades tidas como “top” no ranking da Times Higher Education – que traz Harvard fi gurando como a melhor dentre elas. Esse paradoxo reforça ainda mais a surrada imagem da “Belíndia” – expressão cunhada décadas atrás pelo ex-presidente do IBGE Edmar Bacha para explicar que o abismo social no Brasil levava o País a se parecer com uma pequena ilha de exuberância econômica do porte da Bélgica cercada pela pobreza da Índia por todos os lados. Lamentavelmente, a imagem ainda vale nos dias de hoje. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">Um aspecto a destacar nesse quadro de disparidades é que o investimento em educação por parte dos bilionários ocorre com frequência nos chamados países desenvolvidos, enquanto por aqui é pouco ou nada usual. Bilionários têm papel vital na sociedade em várias partes do mundo e costumam premiar resultados educacionais, um exemplo que deveria ser seguido internamente. De uma maneira ou de outra – seja pela falta de incentivo de nossos governantes, seja pelo baixo engajamento da iniciativa privada –, o fato é que falta preparo na base de nossa economia, na formação de mão de obra qualifi cada, e essa realidade reforça a concentração de riqueza e inibe o surgimento de novos empreendedores e de pessoas capacitadas a usufruir do atual momento da arrancada brasileira. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">O nó da educação nacional é histórico, secular, mas alcançou um ponto crítico. De tal maneira que o Brasil está atualmente entre as dez nações mais ricas do mundo, enquanto, em relação a investimentos em educação, alcançou apenas a 73a posição. Nos números do PIB, uma pista para entender as razões do problema: embora na média global o investimento em educação gire na casa de 10% do Produto Interno Bruto, a média brasileira não passa de mirrados 3% a 4% do PIB. Esse descaso está custando caro.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style> <br />
<div align="CENTER" class="western">(Revista ISTOÉ, Edição: 2157 | Ano 35 | 11.Mar.11)</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-16243619638661378492011-07-20T19:42:00.000-03:002011-07-20T19:42:46.815-03:00FILME BOM DE VER - "UM SONHO POSSÍVEL"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2t5QsTwwwlAisBh66pojmTmsWeMd8DzFTziysFomgVD7dfUIxwSbmWLJreztfRBek1tfnYz3jY2se996BVeqAONBPBG5tTASbMA5uhpSxzEeKEACxnxrTNtaMgYaqnitKrab097zp/s1600/images.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2t5QsTwwwlAisBh66pojmTmsWeMd8DzFTziysFomgVD7dfUIxwSbmWLJreztfRBek1tfnYz3jY2se996BVeqAONBPBG5tTASbMA5uhpSxzEeKEACxnxrTNtaMgYaqnitKrab097zp/s1600/images.jpeg" /></a></div><br />
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }a:link { }
</style> <div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Dizem que professor tem férias duas vezes por ano. Não é verdade! Afinal, estou apenas de recesso.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Aproveitando o RECESSO, resolvi dedicar um pouco do meu tempo há uma atividade que muito me agrada. O problema é que essa atividade exige muito de mim, o que explica (em parte!) a demora em publicar um novo texto aqui no blog. Tudo bem, vou dizer o que é... assistir filme! Estou adorando meu recesso. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Então, vamos ao que interessa. Resolvi deixar uma dica de filme para vocês. Trata-se de uma história que inspira o ser humano a ser mais humano. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Alerta: gosto é pessoal, mas acho que o pessoal há de concordar que o filme é de bom gosto. E, antes que alguém diga que não tem tempo, ou que não gosta de ir ao cinema... não tem problema, o filme pode ser encontrado em qualquer locadora. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Farei o seguinte: para tornar mais claro a vocês do que trata o filme, vou adicionar a ficha técnica </span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">(extraída de </span></span></span><span style="color: navy; font-size: large;"><span lang="zxx"><u><a href="http://www.cinepop.com.br/filmes/sonhopossivel.php"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">http://www.cinepop.com.br/filmes/sonhopossivel.php</span></span></a></u></span></span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">) e tre</span></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">chos de uma crítica (extraída de </span></span><span style="color: navy; font-size: large;"><span lang="zxx"><u><a href="http://guia.folha.com.br/cinema/ult10044u708231.shtml"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><span style="font-weight: normal;">http://guia.folha.com.br/cinema/ult10044u708231.shtml</span></span></a></u></span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"><span style="font-weight: normal;">). </span></span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="CENTER" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"> <span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"><span style="font-style: normal;">FILME: “UM SONHO POSSÍVEL”</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western"><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Elenco:</b></span></span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"> </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Quinton Aaron, Sandra Bullock, Kathy Bates, Lily Collins, Tim McGraw, Rhoda Griffis, Ray McKinnon.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western"><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Direção:</b></span></span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"> John Lee Hancock</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"> </span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Gênero:</b></span></span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"> Drama</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"> </span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Duração:</b></span></span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"> 120 min.</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"> </span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Distribuidora:</b></span></span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"> Warner Bros.</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"> </span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Estreia: </b></span></span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;">19 de Março de 2010</span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"> </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western"><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"><b>Sinopse:</b></span></span><span style="color: black; font-size: large;"><span style="font-family: Times New Roman,serif;"> </span></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Em '</span><span style="font-size: large;"><strong><span style="font-family: Times New Roman,serif;">Um Sonho Possível</span></strong></span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">', o adolescente Michael Oher (QUINTON AARON) sobrevive sozinho, vivendo como um sem-teto, quando é encontrado na rua por Leigh Anne Tuohy (SANDRA BULLOCK). Tomando conhecimento de que o garoto é colega de turma de sua filha, Leigh Anne insiste que Michael — que veste apenas bermuda e camiseta em pleno inverno — deixe-a resgatá-lo do frio. Sem hesitar por um momento sequer, ela o convida a passar a noite em sua casa. O que começa com um gesto de bondade evolui para algo maior, pois Michael passa a fazer parte da família Tuohy, apesar de terem origens bem diferentes.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Vivendo no novo ambiente, o adolescente tem de encarar outros desafios. E à medida que a família ajuda Michael a desenvolver todo o seu potencial, tanto no campo de futebol americano quanto fora dele, a presença de Michael na vida da família Tuohy conduz todos por uma jornada de autodescoberta.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;"><b>Crítica:</b></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: large;">“</span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Baseado em história verídica, o longa surpreende com pontuais sacadas irônicas relacionadas ao conservadorismo norte-americano. Em uma das cenas, por exemplo, Leigh Anne e seu marido comentam, após conhecer uma professora particular mais descolada, que nunca imaginavam conhecer algum democrata. Outro dos momentos revela que a mulher não abre mão de sair com uma pistola dentro da bolsa. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">O personagem de Sandra Bullock, que rendeu à atriz um Oscar por sua atuação, encarna uma imagem caricaturesca da mulher média norte-americana. A relação maternal que estabelece com o frágil Oher, porém, revoluciona sua perspectiva de vida, colocando-a em choque com seu grupo de amigas igualmente dondocas e com os familiares. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">É interessante como, ao longo do filme, o temor e o preconceito de Leigh Anne e sua família constroem uma aura de tensão em torno do rapaz. O receio de que Oher faça uma besteira e perca a nova vida se faz presente, ainda que ganhe contornos surpreendentes. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Não nos esqueçamos, porém, que "Um Sonho Possível" é um filme estreitamente alinhado com a era Obama e debruçado sobre a superação. Com um pouco de esforço, pode até levar às lágrimas”. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Agora e só preparar a pipoca! </span> </div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-7547145610639539032011-07-05T12:55:00.002-03:002011-07-05T12:55:54.779-03:00HÁ ALGO DE NOVO NO REINO DA TELEVISÃO BRASILEIRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ2UiNEqKCFl7sgr_BWCTmB26doUCvX7bwBjLGTm7Zy5JHQjL3wCMpbxKPxWct4mXVkW5dXHYUG7D7fy2p3zbkhDWvJLWhG1k5SzjU5iKHxQuWNH9u2SUOY7xgVLYUV6NOxnZudKG_/s1600/tv.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ2UiNEqKCFl7sgr_BWCTmB26doUCvX7bwBjLGTm7Zy5JHQjL3wCMpbxKPxWct4mXVkW5dXHYUG7D7fy2p3zbkhDWvJLWhG1k5SzjU5iKHxQuWNH9u2SUOY7xgVLYUV6NOxnZudKG_/s320/tv.jpg" width="320" /></a></div><style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style> <div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> Aos mais próximos, nunca escondi a paixão que sempre cultivei pelo Jornalismo. Mas, como podem ver no meu perfil ao lado, não sou jornalista. E não digo isso com remorso, uma vez que toda a minha trajetória como historiador sempre caminhou de braços dados com o universo da imprensa, 99% de meus trabalhos acadêmicos gira em torno da temática.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> Não! O post de hoje não será para falar de mim... não pretendo (pelo menos conscientemente) transformar este espaço em um diário. A questão é outra. Prometo que mais para frente farei você entender o sentido desta introdução. Mas, por enquanto, vamos adiantar um pouco...</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> Muitas vezes, durante as aulas que ministro, conversamos sobre a futilidade na grade de programação da TV brasileira. No quanto as pessoas são bombardeadas por campanhas que em nada acrescentam na formação intelectual e até mesmo na construção de um senso crítico diante das inúmeras questões sociais que marcam o dia a dia de nosso país. Compre isso, consuma aquilo, vista esta marca. Ou, como cantou a Pitty: “pense, fale, compre, beba, leia, vote, não se esqueça, use, seja, ouça, diga, tenha, more, gaste e viva”. Confesso que não sou fã da garota, mas, de maneira compreensível a todos, a letra da canção ilustra bem a “Sociedade do Espetáculo”, definida por Guy Debord.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> Pois bem... voltando àquela introdução. Volta e meia, algumas determinadas reportagens despertam em mim a queda pelo jornalismo e, recentemente, isto aconteceu em dois momentos. Me refiro às séries: “Na medida certa” e “Planeta Extremo”, ambas veiculadas pelo “Fantástico”. (Uma das poucas coisas que ainda me atraem na TV aberta)</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> Fugindo à regra, o “Na medida certa” fez da busca pela beleza - característica marcante de nossa sociedade - coadjuvante numa outra corrida: a da busca pela qualidade de vida. A jornalista Gysele Flor, mestre em Comunicação Social, pela Universidade Metodista de São Paulo, em artigo intitulado “Corpo, Mídia e Status Social: reflexões sobre os padrões de beleza”, afirmou que “Para atingir o patamar de boa forma e beleza divulgado pelas revistas femininas é necessário gastar dinheiro e tempo, mas não são todas as pessoas que estão possibilitadas a investir nos cuidados com a aparência, apenas as que possuem recursos financeiros.”... Como disse anteriormente, na contra-mão dessa lógica (que sempre foi verdadeira), na série do Fantástico, o Educador Físico Márcio Atalla defendeu que a reeducação alimentar direcionada a inclusão de alimentos naturais ao consumo diário (frutas, legumes), associada à prática de atividade física mesmo que seja uma caminhada diária, resultará em mais saúde e, consequentemente, redução de medidas.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> Por sua vez, no episódio de estréia do “Planeta Extremo”, o repórter Clayton Consevani participou da primeira de quatro aventuras ao redor do mundo. A maratona no gelo, realizada na Antártica, ficou marcada por histórias de motivação e superação pessoal de todos os participantes. Confesso que me senti desafiado ao ver pessoas com características físicas totalmente distantes daquela imagem que temos quando pesamos no biotipo ideal para realização de tais atividades. Idade e peso não foram obstáculos a alguns dos que aceitaram o desafio pessoal de enfrentar temperaturas baixíssimas, até -30º C, e ventos de mais de 100 km/h. Assistir este primeiro episódio do “Planeta Extremo” me fez recordar a leitura do livro “Nunca é tarde demais: dicas práticas para mudar o curso de sua vida”, de Lowel Sheppard, onde dentre as dicas apresentadas encontram-se a prática de atividade física, somada ao ativismo social. Na maratona da Antártica, as duas coisas estavam associadas. Reafirmo que a paixão pelo jornalismo nasceu, não com o sensacionalismo frequente da TV brasileira, mas pela indução de práticas positivas estruturadoras da mudança de mentalidade geral no sentido de construção de um país melhor, ainda que para isso (mudança) comece individualmente. </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"> Não sei vocês, mas eu tenho pensado seriamente em me dedicar um pouco mais a estas duas questões: saúde e responsabilidade social. Já comprei um tênis para fazer caminhada e vou me inteirar melhor sobre a atuação do “Instituto Vida Feliz”. Depois eu conto os resultados.</div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-75665809503587356532011-06-28T00:44:00.006-03:002011-06-28T13:15:27.504-03:00O POVO PODE/SABE VOTAR?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFDfeaKJmVqEpkkzJ08UIjwS9X88ixU1OXC7nNNFb9ey7Ro1QxkhZTfbBdoVWvL3_iIzRqYGwpPOdMc_ku3giZiii-KPbqNT9mn0ljkl6Y4EZHN8kIvhdOsFsBRE4wbl0CQykfZnLg/s1600/images.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFDfeaKJmVqEpkkzJ08UIjwS9X88ixU1OXC7nNNFb9ey7Ro1QxkhZTfbBdoVWvL3_iIzRqYGwpPOdMc_ku3giZiii-KPbqNT9mn0ljkl6Y4EZHN8kIvhdOsFsBRE4wbl0CQykfZnLg/s1600/images.jpeg" /></a></div><style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }
</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbVJh9ew0jZGMS9DDi8YL70wwGGDRp_iL614xracPlZmmtaCNuNijppyJ3R0XguPRmrNVYujAmxUShxZPVugZhf66davNFDk598_ECNrFMHYJi9xIT1jvXXUHMytSUQze1sKA8zq5x/s1600/images2.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbVJh9ew0jZGMS9DDi8YL70wwGGDRp_iL614xracPlZmmtaCNuNijppyJ3R0XguPRmrNVYujAmxUShxZPVugZhf66davNFDk598_ECNrFMHYJi9xIT1jvXXUHMytSUQze1sKA8zq5x/s1600/images2.jpeg" /></a><br />
</div><div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><br />
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<span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Esta semana um grande amigo meu (intelectual) me disse não ser a favor do sulfrágio universal. Para ele, o povão, por não ter consciência política, serve apenas como instrumento de manipulação dos corruptos que almejam o poder.</span></div><div></div><div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: large;"> </span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Se vocês leram o 'post' "ANALFABETISMO", em que eu publiquei uma crônica do Machado de Assis, viram que a constatação de que poucos entendem o que acontece no mundo da política não é de hoje.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Bem, resolvi voltar um pouco no tempo e convidar outros ilustres a debaterem sobre o assunto. A seguir, trancreverei alguns trechos de minha dissertação de mestrado em que eu discuto exatamente esta questão. (Ninguém precisa se assustar, a leitura é simples)</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">“</span><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Para o político e jornalista maranhense Odorico Mendes (1779-1864), o governo democrático era a segunda pior forma de governo, estando atrás apenas do Absolutismo. Afirmava que, nas democracias, os homens dotados de talento e virtude, dotados de luzes, eram governados pela parte “<b>menos razoável e esclarecida (...) é a inveja e não a virtude a base da democracia</b>”. (O ARGOS DA LEI. n. 16, 1825).</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Em sua análise da América Latina, o professor LeslieBethell , PhD em História pela University of London, acaba por nos esclarecer que a preocupação de Odorico também era comum a defensores do liberalismo na América Espanhola. Ele afirmava que '<span style="font-weight: normal;">a </span><span style="font-weight: normal;">d</span><span style="font-weight: normal;">esconfiança na capacidade política da massa da população refletiu</span><span style="font-weight: normal;">-se nas qualificações dos cidadãos segundo a propriedade, estabelecidas em quase todas as constituições centralistas da década de 1820 e dos anos 1830</span><span style="font-weight: normal;">'</span><span style="font-weight: normal;">.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">É importante lembrar que, de acordo com a Constituição Outorgada em 1824, o eleitor ou candidato deveria comprovar a posse de uma renda mínima anual. Apenas uma minúscula parcela pertencente à elite brasileira, os que preenchiam o pré-requisito estabelecido, de fato, tinham direitos políticos.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Poderíamos pensar que o discurso de Odorico era perpassado por uma ampla contradição, pois defende Rousseau e os princípios de um estado independente, ao mesmo tempo em que, define a democracia como o segundo pior sistema, pois entregar-se-ia o poder às massas desprovidas de capacidade política. Desta maneira, podemos inferir que Odorico, defendia uma espécie de forma de governo ateniense, em que somente as elites poderiam ser submetidas à participação nos rumos da nação, ou seja, uma política centrada nas elites, pois a maioria da população era desprovida de esclarecimento (razão iluminista). A grande questão discursiva de Odorico era: as massas não poderiam acessar o poder, pois eram desprovidas da razão iluminista, assim teriam que ser comandadas.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Outros nomes do liberalismo da América portuguesa e espanhola também concordavam que era necessário adequar o pensamento liberal às especificidades da realidade local. A exemplo do que fizera Mora (México) e Echeverría (Argentina) na América Espanhola, Odorico Mendes, no Maranhão, escrevia artigos onde adaptava o pensamento liberal ao ambiente do cenário nacional recém-independente.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Vejamos brevemente como Esteban Echeverría, José Luis Mora – estes dois segundo a historiadora Maria Lígia Prado, especializada em História da América Latina – e Odorico Mendes viam a questão da participação das massas nos governos de seus respectivos países:</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Para Echeverría, era preciso preparar as massas para o desempenho das atividade políticas pela educação que lhes seria ministrada pelos que detinham as luzes. Assim, fecha-se o círculo dos eleitos para o exercício da democracia e determina-se que devem ficar de fora aguardando o consentimento dos ilustrados. No final do Texto, afirmava sem deixar dúvidas: ‘<b>A soberania popular só reside na razão coletiva do Povo. O sufrágio universal é um absurdo</b>’.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 2cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Segundo Luis Mora, para prevenir o perigo de uma nova rebelião camponesa, era necessário que o poder político estivesse nas mãos daqueles que possuíam qualidades adequadas para manter a ordem e também sensibilidade suficiente para precaver-se das ‘<b>revoluções dos homens’</b>, prescrevendo as ‘<b>revoluções do tempo</b>’. Para tanto, era mister que a soberania popular e a participação democrática fossem postergadas para o seu ‘<b>devido tempo</b>’, pala prudência e perspicácia dos governantes.O povo deveria aguardar e ter paciência, até que, por meio da educação, fosse preparado para exercer as liberdade políticas. Insistia: ‘<b>o elemento mais necessário para prosperidade de um povo é o bom uso e exercício de sua razão, coisa que só se consegue pela educação das massas, sem as quais não pode haver governo popular</b>’. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Odorico foi categórico '<span style="font-weight: normal;"><b>Em uma palavra, onde quer que o povo está de posse dos poderes políticos, o Estado traz consigo a própria ruína. A liberdade degenera em licença, e é seguida da anarquia</b>. (O ARGOS DA LEI. n. 16, 1825)</span><span style="font-weight: normal;">'</span><span style="font-weight: normal;">.</span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Nesta passagem, Odorico retoma a ideia de que a liberdade seria uma paixão, justificando assim o controle racional por meio de leis restritivas. As massas populares do Brasil não poderiam, conforme Odorico, serem submetidas ao império da liberdade sem restrições, pois aí moraria a ruína nacional. Na verdade podemos inferir que o autor buscava legitimar o discurso de que as massa não poderiam participar dos processos decisórios, estes seriam papéis exclusivos dos homens letrados e “capazes” das elites. "</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Então, meus caros... devemos pregar o fim do sulfrágio universal? Ou a questão é outra? Qual? Será que vale a pena abrir mão desse que é considerado um referencial da democracia brasileira?</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Vejam, minha intenção não é apresentar repostas... é levantar discussões.</span><br />
<span style="font-family: Times New Roman,serif; font-size: large;">Mas, diz aí: o povo pode/sabe votar?</span></div><div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-71018889977329594802011-06-21T14:28:00.003-03:002011-06-21T15:09:04.485-03:00PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE LIXO!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie88n88hmwgNxh_OIv0pL1GY44Z2H8C00gq2q-X_cnffnMAze77sLaF_zG3JgYczMZ33fKZTPINdeAqLyWIYZmI31LRpoD90pmaJfTUEKE6hfMblzkHCCuWkPL_dnDvmSziiBG1tFW/s1600/sustentabilidade.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie88n88hmwgNxh_OIv0pL1GY44Z2H8C00gq2q-X_cnffnMAze77sLaF_zG3JgYczMZ33fKZTPINdeAqLyWIYZmI31LRpoD90pmaJfTUEKE6hfMblzkHCCuWkPL_dnDvmSziiBG1tFW/s1600/sustentabilidade.jpeg" /></a></div><br />
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 0.21cm; }a:link { }
</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">Aproximadamente 21.800.000 resultados (0,08 segundos) para “Sustentabilidade” na pesquisa do Google. Já para “Coleta Seletiva”, aproximadamente 2.150.000 resultados (0,03 segundos). Agora, a agilidade na hora de tratar estas questões... </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">Não tenho pretensão de parecer entendido em matéria de meio ambiente e coisas do tipo, mas o que escrevo é fruto da mais pura e simples observação.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">Resolvi falar um pouco sobre esta temática pois há alguns dias atrás foi veiculado pelo mídia uma notícia que me deixou extremamente feliz, e desconfiado: “Até agosto de 2014 o Ministério do Meio Ambiente pretende livrar o Brasil dos <b style="font-weight: normal;">lixões a céu aberto</b>, presentes em quase todos os municípios brasileiros” (revistagloborual.globo.com). No site do Jornal do Brasil, encontrei um artigo publicado por Tadayuki Yoshimura, engenheiro e presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), onde se discute a aprovação da Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Segundo o autor, “O objetivo da legislação é garantir uma adequada gestão integrada dos resíduos sólidos, estabelecendo a responsabilidade compartilhada e fazendo com que toda a cadeia responsável pela produção de um bem ou produto de consumo se responsabilize pela destinação final do material, seja com o objetivo de reciclá-lo, reutilizá-lo ou rejeitá-lo, este último somente caso não haja mais como aproveitá-lo para uma finalidade produtiva. Assim, produtores, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e os agentes de serviços e gestão da limpeza pública têm responsabilidade sobre a adequada destinação dos produtos que tiveram seu período de utilização encerrado”.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">Como tenho fama de ser pessimista (prefiro pensar que sou realista), peço que vocês me corrijam se eu estiver errado. Mas, vejo com extrema desconfiança a aplicabilidade da referida Lei aqui por essa bandas.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">Uma cidade como São Luis, às vésperas dos 400 anos, infelizmente ainda está muito distante de ser o que queremos que seja. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">Então, para não ficar só na crítica, vou apresentar uma proposta: que tal educação ambiental? Que tal políticas públicas voltadas para a conscientização da população? E a criação de uma infraestrutura urbana sustentável? Cada um desses pontos tem fundamento. Pensem comigo: antes de jogar o lixo no chão, quantos se preocupam em procurar um cesto de lixo? De repente você pensou: “qual? Eles não existem”... aí entramos no segundo ponto, infraestrutura. A carência de cestos de lixo – me refiro ao mais simples... não estou nem falando daqueles lá da coleta seletiva – nas vias de grande movimentação de pessoas é notória. Dos poucos que existem, boa parte deles já deveria está no lixo. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;">A Revista eletrônica argentina “Ohlalá” (revistaohlala.com) trouxe um artigo de autoria de <b><span style="font-weight: normal;">Belén Esteves, a</span></b>dvogada especialista em meio ambiente e energias renováveis e assessora do parlamento alemão em politicas ambientais para América Latina, com o título: “¿Querés una ciudad sustentable?”, onde são expostos alguns passos para a construção de uma cidade “verde”. Três pontos, em especial, me chamaram a atenção: Espaços Verdes, Resíduos e Transporte Público. Fazendo jus às aulas das professoras Marilda e Macarena, somado ao bom e velho 'portunhol', tomei a liberdade de fazer uma livre tradução de três parágrafos do referido texto. Olha só:</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" lang="pt-PT" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;"><span style="font-size: small;"><u>“<i><b>Espaços verdes</b></i></u><i>. A chave é a incorporação de mais áreas naturais à paisagem urbana, já que são de grande valor social e funcionam como amortecedores para a poluição causada pelos automóveis, melhoram a qualidade do ar e diminuem alguns graus na sensação de calor. Um exemplo interessante é a cidade de Curitiba. Diante das frequentes inundações, adotou a política de preservação de áreas de drenagem natural e da proibição de outras, que foram destinadas para lagos artificiais e recreação, que permitiram resolver o problema e, por sua vez, aumentar os espaços verdes da cidade.</i></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" lang="pt-PT" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" lang="pt-PT" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;"><span style="font-size: small;"><i><u><b>Resíduos.</b></u> Ambientes urbanos geram grandes quantidades de lixo, e na maioria das cidades nos países em desenvolvimento não há uma boa gestão de resíduos. Em contraste, a proliferação de lixões. O que fazer? Reduzir e separar o lixo na fonte (a sua casa, por exemplo), dando prioridade à reciclagem, mas é claro que no âmbito da gestão integrada de resíduos urbanos. De nada adianta você fazer a coleta seletiva e o serviço de coleta juntar novamente.</i></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" lang="pt-PT" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4cm;"><span style="font-size: small;"><i><br />
<u><b>Transporte público</b></u>. A idéia é diminuir o volume de automóveis nas ruas (maior fonte de poluição). As cidades que desejam se torna sustentáveis têm investido tempo e dinheiro para construição de eficiente sistema de transporte público. Além de promover o uso de bicicletas: prática saudável, não-poluente (tanto do ponto de vista atmosférico quanto sonoro)”.</i></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">Desafio alguém a dizer que São Luís não possa pensar estas questões. O que não falta em nossa cidade são áreas verdes (mal cuidadas, é claro!). Uma cidade como São Luis não tem um zoológico ou um bosque para passeio público!!! E quanto ao sistema público de transporte? Sobre isso eu prefiro não me estender... esse tema merece um “post” especial... vamos deixar para a próxima. Já o política de resíduos... bom, vamos torcer para que até 2014 as coisas funcionem. Por enquanto, vou continuar sem poder apresentar uma solução válida para minha filha de 4 anos quando ela se nega a jogar uma garrafa d'água no cesto cheio de papel. “- A tia (da escola) disse pra jogar no lixo vermelho”</span></span>.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje-_kEwlmZM9lEmM1V2GdITg91ghijubzDXq2i4PAeSUqXv8UP96owNV1fhsHriYo07EnYD5c0WZAZfspgadEOvjSQ4BdwRlFLCEtWpRSSvcC5DsiJ-aV0sw-MmrPReN48C_4i40aM/s1600/%25C3%258Dndice.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje-_kEwlmZM9lEmM1V2GdITg91ghijubzDXq2i4PAeSUqXv8UP96owNV1fhsHriYo07EnYD5c0WZAZfspgadEOvjSQ4BdwRlFLCEtWpRSSvcC5DsiJ-aV0sw-MmrPReN48C_4i40aM/s1600/%25C3%258Dndice.jpeg" /></a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-89907892010405421512011-06-16T00:30:00.006-03:002011-06-19T18:31:38.709-03:00[O ANALFABETISMO] - MACHADO DE ASSIS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibK6xYAeqj7IkkUAa8XDX8ACL3FvQCQGfatVQqLclWBmrbhfY9PAe1bMna1WBtu4rq2NhPHJWKx8dxwXxwKcjyl0qbLMC8DHr6_5Hcis4KiibhW6NbePfymIUlEHAMjhI-t5Pq-wpm/s1600/95478.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibK6xYAeqj7IkkUAa8XDX8ACL3FvQCQGfatVQqLclWBmrbhfY9PAe1bMna1WBtu4rq2NhPHJWKx8dxwXxwKcjyl0qbLMC8DHr6_5Hcis4KiibhW6NbePfymIUlEHAMjhI-t5Pq-wpm/s320/95478.gif" width="295" /></a></div><div class="textinho_item" style="color: black; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/20px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 20px 0px 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"></div><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"><br />
</div><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"><br />
</div><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"><br />
</div><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"><br />
</div><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"><br />
</div><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"><br />
</div><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"><br />
</div><div style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 0px 0px 20px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline; width: 370px;"></div></div><div class="textinho_item" style="color: black; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/20px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 20px 0px 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-size: small;">OBS: Considerando o rítmo frenético dessas ultimas semanas, con</span><span style="font-size: small;">vido vocês a se deleitarem com com esta belíssima crônica de Machado de Assis. Notem que a publicação é de 1876, mas a discussão é extremamente atual.</span></span></div><div class="textinho_item" style="color: black; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/20px HelveticaNeueLTStd-Roman, "Helvetica Neue", Helvetica, FreeSans, Arial, "Nimbus Sans L", sans-serif; list-style-type: none; margin: 20px 0px 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;"><div class="western" style="border: currentColor; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-align: center; text-decoration: none;">----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- <span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-align: center; text-decoration: none;"><span style="font-size: large;"> [O ANALFABETISMO]</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">"Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases: o algarismo não tem frases, nem retórica.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país dirá:</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">— <span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Quando uma constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito a todos superior a todos os direitos.</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">— <span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">A nação não sabe ler. Há 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não lêem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles: é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber por que nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, – por divertimento. A constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">Replico eu:</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">— <span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições …</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">— <span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: “consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação”; mas – “consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%”. A opinião pública é uma metáfora sem base: há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: “Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem…” dirá uma coisa extremamente sensata.</span></span></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos, e ele tem o recenseamento."</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="border: currentColor; font-family: Georgia,"Times New Roman",serif; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 0.45cm; margin-bottom: 0.53cm; padding: 0cm; text-decoration: none;"><span style="color: black; font-size: large;">Crônica de Machado de Assis - 15/agosto de 1876. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div></div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-20607431573102430912011-06-08T00:51:00.001-03:002011-06-08T11:02:39.048-03:00E SE D. PEDRO II MONTASSE UMA CONSULTORIA?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji7C3if-xKb1gqCKX_eNmCWl8tYEd3U0G4SHNrRtabYRFvDVosiZx0sgMSQsMMWnM65xEXJXvfTVQBv0erwQ7jL-Jo9Q4xczoR04zSL3OyAv5qjH1-4zjQDhh7f4Htks5t-XFyOm2D/s1600/Dom+Pedro+II%252C+1876%252C+245.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji7C3if-xKb1gqCKX_eNmCWl8tYEd3U0G4SHNrRtabYRFvDVosiZx0sgMSQsMMWnM65xEXJXvfTVQBv0erwQ7jL-Jo9Q4xczoR04zSL3OyAv5qjH1-4zjQDhh7f4Htks5t-XFyOm2D/s1600/Dom+Pedro+II%252C+1876%252C+245.jpg" /></a></div><br />
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</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Não me perguntem o que me motivou a escrever este texto. Eu não sei! E nem adianta você tentar fazer qualquer relação com “alguns” atuais episódios no mundo da política. Inclusive, de já eu adianto: qualquer AUSÊNCIA de semelhança com a realidade, terá sido mera coincidência.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">O historiador José Murilo de Carvalho publicou, recentemente, um livro biográfico sobre D. Pedro II. É com base em algumas passagens dessa obra que conjecturo...</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">… E se D. Pedro II montasse uma empresa de consultoria?</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Órfão de mãe e abandonado, ainda criança, pelo pai, poderia prestar consultoria dando dicas de como superar traumas familiares e vencer na vida. Já pensou? Acho que dava, afinal segundo José Murilo, “a palavra que melhor define sua infância é orfandade”.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Apaixonado por livros, era “um leitor voraz”. Em seu diário, escrito em 1962, disse que sua grande vocação eram as letras, as artes e a ciência: “Nasci para consagrar-me às letras e às ciências”. Acredito que poderia ter se tornado um excelente tutor. Ou então, poderia montar um consultoria para aqueles interessados em ampliar seu universo cultural... com direito a dicas de viagem. D. Pedro II adorava viajar.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Outro episódio interessante fica por conta de seu casamento. Vítima de propaganda enganosa, casou, por procuração, com uma mulher que nem de longe se assemelhava ao retrato que, previamente, lhe havia sido enviado. “A mulher que lhe tinham arrumado era quase quatro anos mais velha, de cultura modesta, baixinha, sem beleza e manca”, afirma José Murilo. Ora, bem que com esta experiência D. Pedro II poderia direcionar sua empresa de consultoria ao mundo do Publicidade e Propaganda, com palestras sobre ética e responsabilidade no exercício da profissão.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Vale destacar, entretanto, que apesar dos poucos (ou nenhum) atributos físicos por parte de D. Teresa Cristina, manteve-se casado até o dia em que esta veio a falecer... Ah, não posso esquecer de mencionar que nesse meio tempo, teve alguns relacionamentos extraconjugais, com destaque ao que tivera com a Condessa de Barral. “A paixão por Barral […] ultrapassou a atração física, foi eterna, sem deixar de ser chama”. Não esqueça a referência que fiz às várias amantes... seria o diferencial numa consultoria sobre... bem... vocês entenderam!</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Mas, como se sabe, isto tudo são só devaneios... D. Pedro II não montou nenhuma consultoria! Este homem que foi manchete no jornal New York Times, em 16 de novembro de 1889 - “Com uma ou duas exceções, d. Pedro tem provavelmente um reputação pessoal mais ampla que a de qualquer outro monarca vivo” - , não montou sua consultoria e por isso deixou de ganhar, quem sabe, até 20 milhões! </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Vejam o que diz José Murilo: “o descaso do imperador por dinheiro é bem ilustrado pela decisão de distribuir aos pobres os lucros, parcos, é verdade, da Fazenda de Santa Cruz, de propriedade da Coroa. Ele justificava a medida com o argumento de não querer que se dissesse que 'estava entesourando'. Por não entesourar, ao ser exilado teve de continuar a pedir empréstimos, que ainda não estavam pagos por ocasião de sua morte”.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Viram?? “O mais ilustrado monarca do século”, como noticiou o New York Times, na ocasião de sua morte, saiu do poder e não soube aproveitar toda a sua experiência política (afinal foi quase meio século, de 1840 a 1889, com direito a Guerra, impasses diplomáticos e Revoltas internas) para prestar consultoria... Perdeu a chance de ganhar 20 milhões!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLMU-G-58YXew093fdQLqgWcBiSZrnAujrvAl2z_6QKtojf2nxN8KrcWXTbS-86zb_d1SoFZNmqcRLUthC0GDmPN3D4qqOdg0yrcrh6kCbrCQwvPOCzm6xfMdgDr5rZzhje4ZuhYsR/s1600/Bolso_vazio02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLMU-G-58YXew093fdQLqgWcBiSZrnAujrvAl2z_6QKtojf2nxN8KrcWXTbS-86zb_d1SoFZNmqcRLUthC0GDmPN3D4qqOdg0yrcrh6kCbrCQwvPOCzm6xfMdgDr5rZzhje4ZuhYsR/s320/Bolso_vazio02.jpg" width="320" /></a></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><br />
</div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-878999386659755322011-06-02T00:00:00.003-03:002011-06-02T16:14:36.357-03:00NEM TUDO QUE PARECE É... OU NÃO?!<style type="text/css">
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</style><br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha5q_MCsvNBxXL27w-KfW6QpPyFl2XEkgI7eZh6qYgNIO0HN5H0bKCFtG240GnuOV9R5MqNnm6MB7jHoB4WmPfrLFXjo8xWkBMqkV_yYHHwxRS4PUlx5NYmLnnPTcR6np806iQyJY1/s1600/untitled.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha5q_MCsvNBxXL27w-KfW6QpPyFl2XEkgI7eZh6qYgNIO0HN5H0bKCFtG240GnuOV9R5MqNnm6MB7jHoB4WmPfrLFXjo8xWkBMqkV_yYHHwxRS4PUlx5NYmLnnPTcR6np806iQyJY1/s320/untitled.bmp" t8="true" width="224" /></a></div>Nas aulas de Sociologia ouvimos falar sobre a existência de uma estrutura social capaz de nos fazer entender o funcionamento da sociedade. Naquele instante, dois temas nos são apresentados como fundamentais: os conceitos de Status e Papel Social. </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Ora, se, segundo Vila Nova, na obra “Introdução à Sociologia”, <i>status</i><span style="font-style: normal;"> é toda e qualquer posição ocupada pelo homem na sociedade e a cada posição há um papel correspondente, fica fácil constatar que temos que representar tantos papéis quanto status possuímos. Representar?! É exatamente isto que você leu!</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-style: normal;">Recentemente, finalizei a leitura do livro “Os caminhos de Mandela – lições de vida, amor e coragem”, de Richard Stengel, e um capítulo em especial me chamou atenção: “capítulo 05 – Represente o papel”. O capítulo tem início com a afirmação de que Mandela considerava que a melhor forma de fazer com que os outros conheçam o seu caráter é pela maneira como você se apresenta. Segundo o autor, para Mandela, as aparências importavam muito, portanto não se podia d</span><span style="font-style: normal;">e</span><span style="font-style: normal;">sperdiçar a oportunidade de causar uma boa primeira impressão.</span></div><div align="justify" class="western" style="font-style: normal; line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;">Há poucos dias atrás, durante uma aula, disse aos meus alunos da turma do segundo período do curso de Psicologia o quanto era importante eles tomarem consciência do grau de responsabilidade que pousa sobre eles, desde quando optaram pelo curso. A sociedade constrói uma imagem acerca do profissional e nós somos pressionados a nos ajustar, o mais rápido possível, àquela expectativa. Aqui, o conceito de Fato Social – maneiras de agir, pensar e sentir de uma dada sociedade -, pensado por Émile Durkheim, marca presença com toda a sua coercitividade.</div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-style: normal;">Pensar a relação status e papel não é simplesmente escolher a roupa certa para uma entrevista de emprego, é também entender o peso de ser cidadão: um ser responsável, com con</span><span style="font-style: normal;">s</span><span style="font-style: normal;">ciência crítica e senso de responsabilidade social. Assim, se desejamos, mais do que causar uma boa primeira impressão, corresponder satisfatoriamente à imagem de um verdadeiro cidadão, devemos, o quanto antes, fazer uso das ferramentas que nos são disponibilizadas: a leitura, a informação, o conhecimento. Penso que a medida que conhecemos nos tornamos mais completos.</span></div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3402696222233849075.post-14245632352390407702011-05-29T18:30:00.002-03:002011-06-02T20:48:35.644-03:00EU ADORO JAZZ, NÉ PAI?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP-0G8fFxThGHKwYtNNj1uHMckkv1aquPM1PEoyULbF7MXwOOYpa2jk8aVQ3TW9twD86ZIGl84qAMV6aGLxqc7SS0ldncwdDb0JAE65tm66GJcoxDBiqCD5byYk9vclcFmuQUluJ2S/s1600/jazz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP-0G8fFxThGHKwYtNNj1uHMckkv1aquPM1PEoyULbF7MXwOOYpa2jk8aVQ3TW9twD86ZIGl84qAMV6aGLxqc7SS0ldncwdDb0JAE65tm66GJcoxDBiqCD5byYk9vclcFmuQUluJ2S/s320/jazz.jpg" width="320" /></a></div><style type="text/css">
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</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-weight: normal;">Em 1976, Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, o Belchior, lança o sucesso “Como nossos pais”, música imortalizada na voz de Elis Regina. Um trecho interessante da música diz: “[...] ainda somos os mesmo</span><span style="font-weight: normal;">s</span><span style="font-weight: normal;"> e vivemos como nossos pais”.</span><b> </b><span style="font-weight: normal;">Chamo à memória a canção porque esta semana, no meio de uma conversa entre adultos, minha filha de 04 anos de idade, soltou um sonoro “Eu adoro Jazz, né pai?”. Devo confessar que na hora me senti extramamente feliz. Imagin</span><span style="font-weight: normal;">em</span><span style="font-weight: normal;"> como a outra pessoa envolvida na conversa ficou impressionada.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-weight: normal;">Passada a euforia do momento, </span><span style="font-weight: normal;">tive que cair na real e confessar, de modo introspectivo, que, muito provavelmente (ainda reluto em dizer “com certeza!”), ela não tem uma ideia muita clara do que disse. Provalvemente algum leitor deve está pessando “ah, as crianças simplesmente repetem as coisas que ouvem”. Pois é justamente isto que me deixa tão feliz.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-weight: normal;">N</span><span style="font-weight: normal;">ão versado nas Teorias de Aprendizagem, não domino as discussões feitas por Piaget, Vygostky e os outros especialistas, mas acredito que o grande Belchior tinha razão, “vivemos como nossos pais”. E não estou só nessa. O antropólogo Roque Laraia, na obra “Cultura: um conceito antropológico” apresenta a cultura como fruto de um processo de aprendizagem. E, par</span><span style="font-weight: normal;">ticularmente</span><span style="font-weight: normal;">, </span><span style="font-weight: normal;">estou convicto de que</span><span style="font-weight: normal;"> nesse processo o contexto sócio-cultural é fator determinante.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-weight: normal;">Com</span><span style="font-weight: normal;">o</span><span style="font-weight: normal;"> </span><span style="font-weight: normal;">o itenerário diário (c</span><span style="font-weight: normal;">asa – escola - casa</span><span style="font-weight: normal;">)</span><span style="font-weight: normal;"> t</span><span style="font-weight: normal;">em sido, normalmente, em</span><span style="font-weight: normal;">balad</span><span style="font-weight: normal;">o</span><span style="font-weight: normal;"> ao som de John Coltrane, </span><span style="font-weight: normal;">Eric Dolphy, Kenny Burrel, </span><span style="font-weight: normal;">Diana Krall, Stacey Kent</span><span style="font-weight: normal;"> e, mais recentemente, Adele, espero que num futuro não muito distante minha filha repita o “eu adoro jazz, né pai?” convicta de todo o significado de sua afirmação.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-weight: normal;">Quem sabe um dia eu seja surpreendido ao ouvi-la cantorolar algumas estrofes de jazz... bem melhor do que certas letras de músicas que temos ouvido por aí.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-weight: normal;">Grande Belchior!</span></div>Roni Araujohttp://www.blogger.com/profile/16787370705449857023noreply@blogger.com5