quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

NÃO É SÓ UMA BORBOLETA... É UMA BORBOLETA!!!


Antes de tudo, um alerta. Uma espécie de pedido. Dêem uma chance a este texto. Poderá parecer confuso no início (e é), mas no fim, daremos um fim. Eu prometo!
[...]
Há um tempo atrás discutia com uns amigos o significado de palavra “percepção”. Chegamos à conclusão que, de modo simples, poderíamos defini-la como sendo o resultado da comunicação entre o ser humano e a realidade. Dito isso, por hora, mudemos de assunto...
Recentemente, desenvolvi um debate, com os alunos de Publicidade e Propaganda, sobre um texto chamado “Propaganda, Felicidade e Consumo”. Mas não! Este não será um artigo para discutir o texto. Só o cito para poder chegar a um ponto: num dado momento, Ismar Capistrano, o autor, disse que uma das principais características dessa “desnorteada sociedade de consumo” é o lúdico. Ou seja, a felicidade só seria alcançada a partir da fuga da realidade.
Ok. Agora vamos arrumar (só um pouco!) as coisas. Juntemos a “percepção” e o “lúdico”.
Percebam que para os dois termos apresentados aqui, há um único contraponto... a realidade. Mas uma pergunta pode ser feita: se na dita “sociedade de consumo” a felicidade é resultado da fuga da realidade (o lúdico), qual é a nossa percepção da realidade?
Digo, se a maneira como a realidade se apresenta nos obriga a buscar um escape, será que o problema não está na maneira como nós a percebemos? E, se a resposta for sim, quem ou que será o responsável pelo problema?
Todos os dias, mesmo que você não se dê conta, experimentamos um turbilhão de sensações... algumas nos fazem arrepiar, outras já não têm mais esse poder. O banal (outrora excepcional) nos cauterizou! Em muitos sentidos o homem moderno tem perdido a capacidade de se emocionar, de se indignar, de se alegrar, de urrar... de viver a vida de maneira plena. Muitos chegam ao fim do dia sem ter um só grande instante para lembrar.
Agora surgem outras perguntas: o que seria um “grande instante”? Com qual frequência eles acontecem? Seria uma espécie de Cometa Halley?
No Google há aproximadamente 1.230.000 resultados, encontrados em 0,17 segundos, que citam a expressão: “a felicidade está nas coisas mais simples da vida”. E então? Por quê é tão difícil viver na pele a felicidade da simplicidade? Será que dentre as, aproximadamente, 1.230.000 pessoas que escreveram a expressão citada, existe alguém que possa ensinar ao mundo o “segredo da felicidade”?
Bem, eu conheço uma pessoa que curte a vida de maneira plena. Não é nenhum guru, tem apenas 5 anos de idade e vive neste mundo (às vezes)... minha filha.
Ahhhh! Mas criança não vale! … alguém pode está pensando.
 - Mas por quê não?!
Certo dia, enquanto caminhávamos em direção ao carro, ela deu grito recheado de felicidade. UMA BORBOLETA!!! Gente, não era uma grande, excepcional, nem colorida borboleta. Entretanto, enquanto para mim era SÓ uma borboleta (comum!), para ela era UMA BORBOLETA!!!!
Vocês estão sacando meu raciocínio? Acho que se nossa maneira de perceber o mundo (a realidade) pudesse incluir um pouco do olhar da criança, não precisaríamos ter a felicidade como algo tão distante e, às vezes, tão caro! Ouvir minha filha dizer: “Pai, você é o melhor pai do mundo em toda minha vida” é maravilhoso!
Muitas pessoas apenas depois de passar por uma situação de risco iminente de morte têm conseguido desenvolver esta capacidade de ver a vida com outros olhos. Será que precisaríamos quase morrer? Penso que não!
Refletir sobre a vida, aprender a valorizar a família, cultivar amizades verdadeiras, confiar em Deus, são coisas que podem ser feitas agora. Exercite seu olhar! Perceba a realidade de maneira diferente.
E, como prometido... FIM!

2 comentários:

  1. Não há nada mais real do que ver e sentir a felicidade de perto...
    Mais do que saber que uma borboleta não é SÓ uma borboleta, e que uma lágrima que escorre pelo rosto pode ser a mais bela expressão de orgulho do mundo, é sentir no riso a felicidade que uma criança pode trazer...é saber da pureza da resposta que se pode ouvir...
    É saber sentir...
    E eu sei...

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  2. Gostei muito do texto, pelo fato de poder ter aprendido a perceber o quanto a simplicidade da vida de fato nos trás a felicidade, tão procurada por tantos, mas que devido ao ativismo que vivem já perderam a sensibilidade de se alegrarem com a criação e pequenos gestos, observações como esta feita por uma criança e que foi pensada por Deus para nossa felicidade. Sou suspeita prof., mas sou sua fã, tenho ampliado muito minha visão de mundo a partir das aulas que você ministrou.

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