Antes de tudo uma certeza: sou feliz! Entretanto, não nego que às
vezes me vejo diante do tal “e se...”. No auge dos meus, bem
vividos, 31 anos, em alguns momentos resolvo pensar o que seria
diferente se...
Quando comecei a ter ideia do que queria ser quando crescer, uma
certeza: jornalista! Era realmente uma certeza, pois na minha cabeça
um jornalista era o cara que vivia a vida da maneira mais incrível
possível, e, melhor, sempre com tudo pago. Viajar, conhecer novas
culturas, experimentar sensações novas... Tudo por conta.
Mas, depois de algumas tentativas frustradas de passar no vestibular
para Jornalismo, resolvi mudar o foco... partir para a História. Vou
dizer uma coisa: nunca na vida imaginei que um dia me tornaria
Historiador (Professor). Porém, quando entrei para o curso de
História, em nenhum momento me vi tentado a mudar, nada de torná-lo
ponte para o Direito (como fizeram alguns amigos)... afinal, era uma
possibilidade real de conhecer novas culturas. O convívio com a
História me possibilitou o despertar para as temáticas políticas.
Surgiu um novo interesse. Comecei a imaginar que depois de
jornalista, uma outra coisa que eu gostaria de ser seria Cientista
político! Não fui! Não sou!
Lá pelas tantas, já quase no meio do curso, algo de espetacular me
aconteceu... percebi que era perfeitamente possível juntar ao que me
era útil, as coisas agradáveis. A paixão pela imprensa e o novo
affair pela política, se misturaram com o grato interesse pela
História quando resolvi me tornar um “pesquisador” das questões
políticas presentes na imprensa maranhense do século XIX. Daí vem
aquela certeza que falei no início... sou feliz!
Hoje sei que a vida de jornalista não é um conto de fadas, tal qual
eu imaginava... mas sempre que vejo um bem sucedido correspondente
internacional, aparece o tal “e se...”.
E a vida segue... Sou professor! Tenho orgulho disso! Tento ser o
melhor que posso, e acho que até aqui tenho feito um bom trabalho!
E, quanto às viagens “por conta”, tenho a minha coleção de
cartões postais que me permitem viajar pelo mundo sem sair de casa.
Como eu comecei o texto com uma certeza, vou terminá-lo com outra:
SE tudo que eu fizesse de diferente, me levasse para longe do que
tenho (tenho uma família linda!), eu não mudaria nada do fiz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário